FALANDO SOBRE DROGAS (parte 1)


Por acaso em algum momento de sua vida alguém já lhe ofereceu algum tipo de drogas? Para muitos é esse o momento de uma longa “viagem” de dependência, sofrimento, perdas, angustia e solidão, basta o primeiro contato com as drogas e não conseguem mais parar.

Certa vez conversando com um senhor já idoso sobre drogas, ele me disse que era viciado, embora nunca tivesse bebido fumado ou experimentado qualquer tipo de drogas, disse que ao ver as pessoas bebendo sentia um forte desejo quase que incontrolável de beber também mesmo sem nunca ter experimentado a bebida. Por esse motivo nunca experimentou, pois sabia que o dia em que bebesse pela primeira vez, talvez não conseguisse mais deixar de beber.

Muitos experimentam as drogas ainda adolescentes, é uma forma que encontram de não serem excluídos de um determinado grupo e de sentir igual aos outros integrantes do grupo. Paradigmas precisam ser mudados em relação aos usuários de drogas. Os dependentes de drogas precisam ser tratados como pessoas doentes que necessitam de ajuda e não como bandidos. Essa é uma grande dificuldade para muitos pais. Portanto, é necessário que se trate desses assuntos com os filhos ainda bem cedo.

As pessoas não vêem o mundo da mesma forma, a mulher não vê o mundo da mesma forma que o marido, os filhos não vêem da mesma forma que os pais, é preciso diálogo entre pais e filhos para que os pais saibam o que filhos pensam, sentem e vivem. Por isso, o melhor é que os pais conversem com seus filhos sobre drogas desde a infância, isso modificará o comportamento delas quando estiverem adultas.

A tendência de muitos pais ao descobrir que seu filho é usuário de alguma droga, é de total brutalidade e ignorância, causando medo e impossibilidade de diálogo. Na verdade o caminho deve ser inverso, primeiramente não deve fingir que nada está acontecendo, é necessário conversar com o filho sobre as drogas e suas conseqüências; em segundo lugar tratar a pessoa como uma ovelha negra da família só piora a situação, e por último não se envergonhar do problema, mas buscar todos os recursos possíveis para ajudar o dependente na recuperação.

Se há alguém na sua família passando por esse problema lembre-se que o diálogo pode ser a melhor forma de mostrar ao usuário a necessidade de buscar tratamento. “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele” (Rom. 12.2, NTLH).

Anderson Resende Barbosa

(UNIFESP, Registro 13782)

CURSO: “Fé na Prevenção- Prevenção do uso de Drogas em Instituições Religiosas e Movimentos Afins”

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