MARGINALIZADOS A ESPERA DA AÇÃO DA IGREJA


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Todos os dias encontramos pessoas nas ruas, nos ônibus, nos sinais, pedindo uns trocados. Alguns chegam ao ponto de até inventar uma história triste, para ter sucesso na arrecadação, afinal  é necessário para sua sobrevivência na rua. Muitos são os motivos pelos quais alguém mora na rua porque foram abusados e maltratados pelos pais, outros porque na rua é mais fácil consumir drogas.

Na maioria das vezes, eles compram drogas ao invés  de comida. A fome é mais fácil de suportar do que a “fissura” pela cola, maconha, craque e outros entorpecentes. A fome pode ser saciada numa lata de lixo dos restos que sobram do almoço e jantar de muitos lares. Mas a droga é “valiosa”; ela não é encontrada no lixo e os traficantes e os usuários por mais ricos que sejam não jogam os restos fora para que outros possam aproveitar, e quando não dá mais para fumar eles comem e nada se perde.

A dependência leva muitas pessoas a fazer coisas absurdas para poder alimentar o maldito vício. Muitos começam pegando as coisas de casa e vendendo ou trocando por drogas, depois passam a roubar outras pessoas, a venderem o próprio corpo e até tiram a vida de outras pessoas porque a necessidade de usar a droga é mais valiosa para eles do que a vida de outras pessoas e até mesmo da sua própria vida.

Essas pessoas vivem em nossa sociedade, mas em uma cultura totalmente diferente, linguagem diferente, embora morando debaixo do mesmo teto dos pais.  Muitos chegam ao ponto de se matarem, porque os que eles estavam procurando não encontraram nas drogas. O que encontraram foi o desgosto, abandono, discriminação, doenças, miséria, vergonha, ao invés de satisfação, prazer, alegria, realização, paz e vida.

Jesus ao contar a parábola das bodas, fala de uma grande festa e que muitos foram convidados para participar, mas no momento da festa todos desistiram e o dono da festa mandou buscar nas ruas e becos da cidade, caminhos e atalhos e traga os pobres aleijados e coxos (Lucas 14.21). Em nosso contexto, seriam as prostitutas, gays, drogados, mendigos. Fico a imaginar uma igreja cheia de pessoas marginalizadas sendo acolhidas, amadas, e devolvidas restauradas as famílias e a sociedade.

Como nos sentiríamos se começássemos a conviver com pessoas de rua em nossas igrejas, um mendigo nos chamando de irmão, nos cumprimentando na rua com a graça e paz no meio de outras pessoas? Um drogado pedindo para ir até a nossa casa para fazer uma oração, uma prostituta ou gay dizendo para as pessoas que agora está freqüentando sua igreja? Você aceitaria?

Como cidadãos do reino de Cristo e participantes da sua igreja, temos que dar respostas a essas situações que estão patentes aos nossos olhos todos os dias.

Anderson Resende Barbosa

Bacharelando em teologia FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

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