PAI, PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM.


Às vezes me pergunto, porque Jesus não foi bem recebido em sua terra? Porque as pessoas se iravam com ele? Porque um dos seus discípulos foi capaz de traí-lo e o entregar para ser morto? Porque outro o negou? Também me pergunto que tipo de relação Jesus tinha com seus familiares? Às vezes penso que desde criança Ele já era criticado pelos seus parentes.

Quando foi em Jerusalém e não acompanhou seus pais no retorno para casa, causou preocupação, medo e três dias de Angústia para seus pais. Quando realizou seu primeiro milagre registrado no evangelho de João, respondeu asperamente a Maria, e não a chamou de mãe. Nada mais se sabe de Jesus a partir dos doze anos aos trinta anos, além de que cresceu em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens (Lc. 2.52).

Ao aparecer novamente, logo após o batismo e a tentação no deserto por quarenta dias, começou a pregar, fazia curas, ressuscitava, alimentavam multidões, perdoava pecados, comia com pecadores, curava aos sábados. Por esses motivos era perseguido. Por fim, apresentou-se como Messias, Rei e Salvador.

Os seus parentes não tiveram dúvidas quanto ao que pensavam dele. “Vamos prender porque está fora de si” (Mc. 3.21, adaptado). Nesse mesmo contexto quando chegaram seus parentes, as pessoas que estavam mais próximas Dele diziam “tua mãe e teus irmãos estão lá fora a tua procura”, porém, Jesus não diferenciava as pessoas que faziam a vontade de Deus dos seus familiares, e lhes diziam que eles eram considerados para Ele mãe e irmãos.

Parece paradoxal, por mais que fosse odiado por muitos, havia uma multidão que o seguia, às vezes não conseguia nem se alimentar direito, não podia ficar em lugares públicos, quando estava na praia tinha que ficar em um barquinho no mar por causa da multidão. Havia milhares de pessoas seguindo a Cristo por causa dos milagres, da comida, como hoje há, por causa da cura, da casa própria e do carro.

Será que no meio daquela multidão que gritava “crucifíca-o” não estavam ali pessoas que ficaram insatisfeitas com a multiplicação dos pães, porque Jesus não os deixou ficar com as sobras? Será que não estavam alguns daqueles cegos que não voltaram para agradecer a cura? Será que não estavam alguns daqueles seus familiares que pensava que Ele era um louco?

Jesus desde o seu nascimento até a sua morte nos mostrou com sua vida 100% humana que devemos renunciar tudo para fazer a vontade de Deus, independente da visão das pessoas que não entende o que é um chamado. Essas pessoas podem ser governantes, vizinhos ou até familiares. Podem até pensar que somos loucos por se entregar a fazer a vontade de Deus. Sobretudo, Jesus nos ensina que a obra de Deus não deve ser feita esperando um reconhecimento terreno, nem elogios, seja de quem for.

O que Jesus recebeu em troca por tudo que passou e que fez aqui na terra por mim e por você foi uma coroa de espinhos e uma cruz pesada com o meu e o seu pecado. Independente disso ele nos perdoa e nos ama e quer que estejamos com ele na Glória.

 ANDERSON RESENDE BARBOSA

BACHARELANDO TEOLOGIA FATEBE/STBE

BOLSISTA  DA JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS

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