MISSÃO INTEGRAL


livro

OS DESAFIOS DA VIDA CRISTÃ


 download (1)2 TIMOTEO 4.1-8.

 

Gostaria de chamar a atenção do leitor para a realidade da vida cristã. Não existe vida cristã sem batalha espiritual. Não existe vida cristã sem sofrimento. Não existe vida cristã sem morte por isso jesus disse.Quem quiser vir até mim, negue-se a sí mesmo, tome a sua cruz, siga-me, quem quiser pois salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á” Mc.8.34-35 .

Timóteo era um jovem com uma historia de fé e caminhada cristã excepcional, sua vida de testemunho é louvada por Paulo graças ao zelo e também fidelidade a Deus de sua avó Lóide e sua Mãe Eunice. Quando ainda muito jovem seguiu Paulo na sua segunda viagem missionária e logo depois assumiu o pastorado da igreja de Éfeso. Sua característica pastoral é aprovada por Jesus, doutrinou a igreja de forma que nenhum vento de doutrina atacou a igreja de Éfeso mesmo muitos anos depois de ele partir para outro ministério ou mesmo ter morrido por causa da perseguição.

Vemos em Apocalipse cap. 2, Jesus fazendo menção a essa igreja que foi pastoreada por Timóteo. Mesmo com toda convicção e bagagem pastoral houve um momento na vida de Timóteo que ele foi chamado atenção pelo companheiro Paulo. Havia muita perseguição, havia muitos falsos crentes, havia muitas dificuldades no ministério. Talvez houvesse pensado que ficar quieto sendo um crente só de reuniões regulares na igreja já fosse o bastante.

No inicio do livro de 2 Timóteo encontramos o apostolo Paulo fazendo algumas advertências e  exortações a Timóteo.

  • Reavives o dom de Deus que há em ti;
  • Deus não nos tem dado espirito de covardia;
  • Não te envergonhes do testemunho do senhor;
  • Participa comigo dos sofrimentos a favor do evangelho;
  • Mantem o padrão das sãs palavras que de mim ouviste;
  • Fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus;
  • Participa comigo dos sofrimentos como bom soldado de Cristo;

E ASSIM POR DIANTE…

A palavra de Deus sempre nos lembra de que haverá um dia que prestaremos conta a Deus de tudo que fizemos aqui na terra. Mas também vamos prestar contas de tudo que deixamos de fazer que era obrigação nossa que fizéssemos. Jesus deixou uma ordem, PREGAR O EVANGELHO, Paulo novamente lembra Timóteo dessa ordem no versículo 2, “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.”

Tem muitos “crentes” que querem ouvir o que agrada seu ouvido e coração e partem para outros meios religiosos que falam e prometem coisas agradáveis. No tempo da igreja primitiva já estava surgindo essas heresias e muitos “crentes” preferiam estar nesses lugares do que submeter-se a correção, repreensão e exortação. Vejamos o que diz o texto. “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrario, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como se sentindo coceira nos ouvidos e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fabulas”.

O período em que esta carta foi escrita muitos cristãos estavam morrendo, muitos tiveram seus bens confiscados, muitos foram expulsos da região que moravam, passaram a viver sob constante ameaças de morte. Paulo anima Timóteo “se sóbrio em todas as coisas, sofre as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério”. Cumprir cabalmente o ministério é começar a vida crista e concluir. No inicio do texto que lemos há uma menção da vinda de Cristo. Permaneça firme mesmo com sofrimento. Também é lembrado a Timóteo sobre o inicio da sua vida cristã. Cap. 3.14-15.

Embora Paulo estivesse falando de perseguição e sofrimento como ele mesmo descreve que alguns irmãos o abandonaram e outras pessoas o fizeram muito mal, vs.9-14, ele descreve o que teve que suportar, e suportou por amor a Cristo. 2 cor. 11.18-30

Paulo tinha convicção da sua coroa da justiça. Pesava sobre ele a angustia de estar prestes a morrer o qual faz a declaração ciente e consciente de sua morte, “quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegada”. Ele faz referencia a morte de animais no antigo testamente que tinha seu sangue derramado em sacrifício. Paulo entendeu a mensagem de Jesus , (Quem quiser vir até mim, negue-se a sí mesmo, tome a sua cruz, siga-me, quem quiser pois salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á Mc.8.34-35 ).

A esperança da recompensa de Paulo não era de seus méritos, mas da graça de Deus, Paulo não estava recebendo recompensa de chefe de estado e nem de nenhum líder religioso pelo trabalho feito na terra, ele esta dizendo a Timóteo, vale a pena pregar o evangelho, vale a pena seguir Jesus, pois quem me dará a recompensa é o Próprio Jesus, o senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.

Pr. Anderson Resende Barbosa

Bacharel em Teologia FATEBE/STBE

UM HOMEM, UMA HISTÓRIA, UM LEGADO


O que fazer quando não se tem mais um pai para dar presente, abraçar e desejar um feliz dia dos pais? Fiquei pensando sobre isso, porque não tenho mais meu pai e como desejaria tê-lo para dizer “pai eu te amo”! Mas para quem não tem mais o pai, só resta lembranças. Lembranças de um homem que me fez feliz, trabalhou duro para que eu pudesse reconhecer o seu valor e principalmente, sentir sua falta.

Um homem que em meio a muitas dificuldades soube criar seus filhos e ensiná-los valores que os daria condições de viver nesse mundo sem ter que se envergonhar, embora muitas das vezes não tenha seguido todos os seus conselhos. Um homem que trabalhava de sol a sol para colocar o alimento dentro de casa, um homem que enquanto viveu ensinou aos seus filhos a palavra de Deus.

Uma história sofrida de alguém que foi criado num regime cruel sem diálogo, sem conversa, sem carinho. Alguém que quando contava sua história chorava, estudou três anos, que para um homem da roça que trabalhava com lavouras de café e roçados estudou muito. Alguém que vestiu sua primeira calça cumprida feita de pano de saco de açúcar aos 17 anos, jovem que nunca soube o que era brincar, que até mesmo depois de casado estava preso ao sistema do pai. Alguém que teve que terminar de criar os irmãos porque o pai depois de desistir da esposa, também desistiu dos filhos mais novos. Uma história triste do meu pai que ouvi muitas vezes e que dizia que isso não se repetiria com seus filhos.

Um legado “Nunca diga que não sabe fazer uma coisa sem primeiro tentar fazer por várias vezes”. Juracy Siqueira Barbosa (in memorian).

 

 

DESISTIR, NUNCA NO BRASIL!


“Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmos 126.6).

Uma das coisas que marcou minha vida foi o projeto da JMN Jesus transforma, onde vidas foram transformadas por Jesus Cristo, principalmente a minha vida. Louvo a Deus por tudo que o Senhor fez em minha vida e da equipe que coordenei nos 15 dias de Trans Maranhão na cidade de São Raimundo do Doca Bezerra. Quando chegamos à cidade não tínhamos noção de que iria acontecer. O trabalho não foi fácil, tivemos muitas dificuldades, momentos de saudades da família, esgotamento físico e enfermidades, mas o Senhor Deus nos deu a vitória.

De uma coisa tenho convicção, Deus é fiel, acima de todas as coisas eu sei que meu Deus é fiel. O Senhor nos sustentou e nos moldou para aquela obra, fomos nomeados de “amarelinhos” e amados pelas pessoas da cidade. Louvamos a Deus pela vida dos voluntários que estiveram conosco recenseando, evangelizando, discipulando, fazendo estudos bíblicos, orando, jejuando e deixando ser usados por Deus para que a obra fosse feita.

Agradeço a Deus pela vida dos irmãos que fizeram parte da história da 1ª Igreja Batista de São Raimundo do Doca Bezerra, cidade pequena, pacata, com sistema telefônico precário, sem internet, cheia de idolatria e de pessoas frustradas com alguns evangélicos. Louvo a Deus pelo irmão Moisés Quinto e parabenizo pelos seus 50 anos de vida cheio de vigor e que mostrou ser o mais forte da equipe, homem humilde, sábio, conselheiro, prudente em suas palavras e que deixou muita saudade.

Louvo a Deus também pela vida do jovem Francisco Xavier Filho exemplo de compromisso com a evangelização. Um jovem (“urbanal” e “focatizado” palavras que ele inventou durante o projeto) que aos 8 meses de convertido estava na sua primeira experiência de evangelização que marcou sua vida, onde testemunhou da salvação de Jesus a outras pessoas. Agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de batizá-lo junto com os que se converteram na cidade.

A cidade foi abençoada com as meninas do Codó-MA, Kiara Ramos, Jéssica Cantanheide e Gleyce Rego que também tive o privilégio de batizar. Servas do Deus todo poderoso que encarou o trabalho com todas as suas forças, às vezes chorando, sorrindo, mas centradas no objetivo de falar de Jesus. Garotas que com seus talentos conseguiram ganhar muitas almas para Cristo. Houve momentos que presenciei o cansaço nelas, mas não se deixaram abater. Fizeram uma EBF extraordinária, em que conquistaram o amor das crianças, o coração das mães e o respeito dos pais e o reconhecimento da cidade onde houve muito choro no culto de despedida.

Louvo a Deus também pelo casal Marcos Aurélio e Geíza Uchôa, esses ficaram na cidade são os obreiros que darão continuidade na obra que começamos naquela cidade, deixamos 81 pessoas que aceitaram a Jesus como salvador de suas vidas e 7 batizados, os outros dois eram da equipe (Francisco e Gleyce). Meu desejo é que eles sejam abençoados e abençoadores das pessoas de São Raimundo do Doca Bezerra.

Tivemos momentos de grande alegria e também de tristeza, dos 8 integrantes 5 adoeceram durante o projeto, mas o Senhor restaurou nossas forças e podemos retornar para o culto de vitória transbordando de alegria trazendo nossos feixes. Demos o melhor de nós e espero que essa experiência mude a vida da equipe e que possamos agir da mesma forma em nossas igrejas.

Agradeço a JMN de nos proporcionar essa oportunidade de trabalhar no Reino de Deus, agradeço a convenção Maranhense e associações que nos sustentou e providenciou tudo para que a obra fosse feita naquela cidade, agradeço a todos os pastores que estiveram conosco nos visitando e nos dando forças para continuar, agradeço a igreja de Esperantinópolis ao pastor Francisco e pastor João que nos ajudaram naquela obra, agradeço a COBAPA (Convenção Batista do Pará) que também participou nos sustentando para que nada faltasse a minha família enquanto estava fora.

 Aprendi um ditado no Estado do Maranhão “Desistir, nunca no Brasil!”

 PASTOR ANDERSON RESENDE BARBOSA

BOLSISTA JMN, FATEBE/STBE

PARA FAZER MISSÕES É NECESSÁRIO PASSAR POR SAMARIA


 “Entretanto, era-lhe necessário atravessar por Samaria” (Jo.4.4). Havia muita rivalidade religiosa entre judeus e samaritanos. Jesus quebrou os preconceitos judaicos, falando com os que não se devia falar segundo a tradição judaica, permaneceu com eles dois dias anunciando-lhes o evangelho. Há muitos que se dizem cristãos, mas são como os judeus, discriminam grupos de pessoas ao ponto de não sentir o desejo de ter qualquer tipo de contato, muito menos lhes anunciar o evangelho. É impossível ter uma caminhada cristã quando houver preconceito.

Havia duas opções para os Judeus quando fossem sair da Judéia de viagem para a Galiléia, a primeira era cruzar o rio Jordão, viajar para o norte nas terras gentias da Transjordânia, atravessar de volta para oeste do lado da Galiléia. A segunda opção era passar por Samaria, caminho mais curto. Os judeus preferiam o primeiro caminho, embora demorasse mais, eles faziam porque não queriam nenhum tipo de contato com samaritanos. “pois os Judeus não se relacionavam bem com os samaritanos” (Jo.4.9).

Jesus não chegou à cidade dos samaritanos na Praça de Sicar, mas abordou uma mulher que não estava no horário próprio pegando água por causa de sua situação matrimonial que não era bem vista pelo seu próprio povo. Aquela mulher discriminada por todos foi o canal para muitos conhecer Jesus o salvador.

A mulher samaritana supriu o desejo de Jesus, o que ele mais queria naquele momento, ao meio dia, cansado da viagem, era água fresca. Ela tinha água fresca para saciar a sede de Jesus. Às vezes aquelas pessoas a quem discriminamos tem algo a nos oferecer. Jesus retribuiu oferecendo água viva.

O diálogo partiu para o campo da religiosidade, para os samaritanos eles não eram as piores pessoas do mundo, sem religião, sem amor, sem Deus. O pai deles, segundo a mulher era o mesmo dos Judeus “És tu, porventura, maior do que Jacó, o nosso pai…”(Jo.4.12). Também houve um diálogo por questões teológicas. A mulher samaritana acreditava que fazia a verdadeira adoração, mas o objeto da adoração deles era desconhecido por eles, como Jesus afirma, vós adorais o que não conheceis. Jesus ensina que a verdadeira adoração é adorar ao pai em espírito e em verdade.

Jesus disse aos seus discípulos que campos estavam brancos para colheita. Em Samaria muitos creram em Jesus por causa da sua palavra. Hoje não é diferente, os campos continuam brancos para a colheita, mas é necessário passar por favelas, cracolândias, becos, vilarejos, roças, morros em qualquer lugar onde houver uma pessoa sequer.

Há muitas pessoas necessitando de água viva, mas muitas das vezes não encontram essa água viva porque os responsáveis para mostrar são preconceituosos, soberbos como os judeus que sequer usavam um prato ou utensílios usados pelos samaritanos.

Somos responsáveis para testemunhar de Jesus a todas as pessoas, independente de cor, raça e posição social. por isso digo, que para fazer missões é necessário passar por Samaria.

 

Pastor Anderson Resende Barbosa

Bacharelando em Teologia FATEBE/STBE, Bolsista JMN

COLHENDO OS FRUTOS DO TRABALHO NA PRISÃO


AULA DE PANORAMA DE NOVO TESTAMENTO NA PRISÃO


BATISMO DOS IRMÃOS ICUÍ-LARANJEIRAS


“A INFLUÊNCIA DE AMIZADES ERRADAS FOI O FATOR NO QUAL ME LEVOU AO MUNDO DA CRIMINALIDADE”.


Minha primeira visita a uma cadeia se deu quando ainda era adolescente, fui visitar um amigo da família. Essa visita ficou marcada em minha vida, pois eu não sabia o que era uma cadeia. Ao passar por vários pavilhões cheguei a um lugar onde os presos estavam tomando “banho de sol”, ao encontrarmos o amigo da família que estava preso por tráfico de drogas, ele me abraçou e disse muitas coisas que marcaram minha vida.

Ainda hoje me lembro de suas palavras dizendo o seguinte: “Anderson, eu sou o pior exemplo do mundo para você, minha vida é uma vergonha, mas pelo amor de Deus me escute! Nunca se envolva com o crime, não use drogas, não siga meu exemplo, obedeça a seus pais”.

Quando fiz essa entrevista com Pedro Barros Alho, lembrei daquele momento. Leia esse testemunho, compartilhe, ele pode evitar que alguém tome decisões erradas. Um segundo de decisão errada pode trazer conseqüências para toda a vida.

Meu nome é Pedro Barros Alho, casado, nascido em Cametá, município do estado do Pará, tenho 37 anos, fui sentenciado a 31 anos de prisão, já cumpri 14 anos e me encontro preso na penitenciária de Americano I.

A minha infância graças ao Senhor meu Deus e aos meus pais que são evangélicos, foi uma época boa, tranqüila e feliz.

A influência de amizades erradas foi o fator no qual me levou ao mundo da criminalidade e também a vontade exagerada do meu coração para conhecer e experimentar a face do crime. O crime é utopia; o crime é ilusão e fantasia; o crime aparentemente no início é bom, mas o fim é duro e lamentável.

O inicio da minha prisão foi muito triste, infeliz e angustiante. Ao decorrer do percurso da minha caminhada na cadeia eu passei por inúmeros problemas e dificuldades. Passei por três rebeliões dentro dos presídios por onde passei, graças a Deus sou testemunha viva para contar minha história e meu testemunho.

Fui preso no dia 11 de abril de 1996. Infelizmente, demorei para aceitar que Jesus  é o caminho, a verdade e a vida. Duro e lamentável é endurecer o coração para a voz de Deus. Em 2001 comecei a ler a palavra de Deus, aí conheci a verdade que só Jesus podia me libertar de tudo.

Ao aceitar e reconhecer que Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida, o que era anátema tornou-se benção. Jesus transformou a minha vida, modificou a minha maneira de agir, proceder e viver, aí começou uma nova vida para mim e minha esposa. Deus é fiel e justo para conosco, hoje sou muito feliz junto de minha esposa, nos casamos dia 1 de maio de 2010, graças a Deus estou muito feliz na presença de Deus. Nada nos separa do amor de Cristo.

Agora vou permanecer firme com Cristo crescendo cada vez mais e mais na graça e no conhecimento da palavra de Deus ao lado de minha esposa e meus filhos e minha mãe os quais eu amo muito. Meu sonho é escrever um livro contando tudo sobre minha vida antes e depois do crime para mostrar as pessoas o que Deus fez em minha vida.

O crime é utopia, o crime é ilusão e fantasia, o crime é um breve momento, Jesus é eterno. Se muitos lerem essas poucas palavras pensem duas vezes antes de fazer alguma coisa de errado para que não venha e nem pensem em passar pela cadeia. Aqui é um lugar onde o filho chora e a mãe não vê, se vê chora também.

Foi através do trabalho do Seminário Batista Equatorial que eu vim a ter mais entendimento e sabedoria da palavra de Deus. Sou feliz por participar do curso básico de teologia aqui no presídio e pretendo ir até o final trabalhando na igreja aqui nesta casa penal.

Pastor Anderson Resende Barbosa

ULIANÓPOLIS-PA UM DESAFIO MISSIONÁRIO


Ulianópolis um desafio missionário. A cidade tem uma população de aproximadamente 36.020 (trinta e seis mil e vinte) habitantes. E a previsão, é que esse número já tenha aumentado em 2010, pelo fato do surgimento de outras colônias dentro do município. (fonte: IBGE). Em Ulianópolis todo o ano ocorre a festa “O Agrofest Milho”, e nesse ano a cantora evangélica Eyshila foi a convidada para a festa.

Na cidade há várias igrejas, pentecostais e neo-pentecostais, umas pequenas, outras grandes outras só de passagem. O município é novo e está crescendo muito, precisa de mais de um trabalho Batista naquela cidade. A Congregação Batista que ali se encontra precisa de apoio. Perguntei aos irmãos qual era a maior necessidade deles e eles disseram que no momento precisa de um obreiro que more na cidade para estruturar a igreja.

Os irmãos precisam de apoio na área de evangelismo, necessita-se urgente de um projeto com as crianças do bairro. Como a cidade está crescendo precisa-se urgente de abrir outros trabalhos em bairros em desenvolvimento na cidade que não se encontra nenhum trabalho evangélico no local.

A congregação sofreu um choque com a doença “G12” que dominou a igreja mãe deles, porém eles não foram infectados com essa doença, hoje só contam com apoio da COBAPA que tem enviado missionários constantemente àquela congregação e arcado com todas as despesas. Nos dias 12 e 13 de junho estivemos trabalhando com aqueles irmãos, procurando visitar cada irmão, orando com eles, estimulando-os a continuarem com obra de Deus naquele lugar e desafiando-os a avançar nos locais que não há trabalho Batista.

No domingo pela manhã ensinamos na Escola Bíblica Dominical, estudando sobre o culto racional a Deus da revista compromisso, penúltima lição baseada em Romanos 12.1-2. Havia algumas crianças, mas não há lugar para eles se reunir e nem pessoas capacitadas para trabalhar com elas. À tarde tivemos a oportunidade de pregar a palavra a algumas pessoas pessoalmente, creio que a semente foi plantada, o Espírito Santo está trabalhando na vida daquelas pessoas e creio que em breve estaremos colhendo os frutos. À noite pregamos para um grupo de aproximadamente 20 pessoas, alguns visitantes.

Ulianópolis um desafio missionário, responsabilidade de todos os Batistas Paraense.

Pastor Anderson Resende Barbosa
Bacharelando em Teologia FATEBE/STBE
Bolsista, Missionário JMN/COBAPA

O QUE NOS IDENTIFICA COMO CRISTÃOS?


A palavra cristão nasceu em Antioquia quando Barnabé e Saulo durante todo um ano reunia na igreja e ensinava a palavra de Deus naquela cidade, então naquele lugar pela primeira vez na história da igreja os discípulos de Cristo foram chamados de cristãos, (At. 11.26).

A igreja de Antioquia era missionária, enviou Barnabé e Saulo na primeira viagem missionária da história da igreja, conforme relata Lucas. Interessante é que o evangelho chegou a Antioquia por causa da perseguição que houve nos primeiros anos do cristianismo onde Saulo era o principal perseguidor, consentindo na morte de Estevão e na prisão e perseguição de muitos outros crentes.

O contexto não era somente de perseguição, mas também de fome em todo o mundo conforme nos informa as escrituras. Meio a isso identificamos um grupo que resolveu enviar socorro aos necessitados que morava na Judéia. Esse grupo é chamado de cristãos, pois não tinham preconceito, tantos judeus, gregos, bárbaros eram evangelizados.

O verdadeiro cristão não importa se será maltratado como aconteceu com muitos na época que Herodes reinava. Muitos morriam como foi o caso de Estevão, Tiago, Pedro e outros discípulos de Cristo que não se submeteram ao estado quando se tratava de privar os irmãos de anunciar o evangelho, visto que a lei era que não se pregasse o evangelho.

Penso que para ser cristão hoje devemos ser como Tiago que morreu, mas não negou o evangelho de Cristo não deixou de falar dos pecados da humanidade da sua época, de se levantar contra as mazelas do mundo, ou como o apóstolo Pedro mesmo estando preso sujeito a ser morto também, com as mãos e pés amarrados sabia que a obra era de Deus e Deus agiu na hora precisa enviando o anjo e o libertando da prisão para continuar a obra do Senhor.

Embora a lei do país fosse contra a pregação das verdades do evangelho, a igreja de Antioquia estava em oração, anunciando e sustentando os que tinham necessidades. Por isso eles foram chamados de cristãos, pois estavam dispostos a pagar com a própria vida para que a palavra de Deus fosse anunciada a todas as pessoas.

Havia mudança na sociedade, se o estado não suprisse a fome das pessoas os crentes se reuniam e supriam. Por isso eles eram chamados de cristãos. Se o missionário não tivesse condições de ir a outro país para anunciar o evangelho, a igreja se reunia e os enviava. Por isso eram chamados de cristãos.

O que nos define como cristãos? Como o mundo hoje identifica os seguidores de Cristo? A terminologia que eles dão aos crentes hoje poderia servir de identificação para nós? Os irmãos de Antioquia foram chamados de cristãos pelos inimigos do evangelho, não foram os discípulos que criaram esse termo.

No decorrer da historia da igreja os crentes receberam outros apelidos, como “protestantes”, “bíblias” e outros nomes. Hoje são chamados de que? O número dos que se dizem cristãos tem aumentado a cada dia, ser evangélico virou moda, mas isso tem trazido alguma mudança para a sociedade? O que nos identifica como cristãos?

ANDERSON RESENDE BARBOSA

ENTREVISTA NA PRISÃO. CRIME! UMA PALAVRA TÃO FORTE QUE TEM SIGNIFICADOS “SEM LIMITES”.



José Nazareno Santos Pontes, preso por assalto a mão armada, formação de quadrilha e porte ilegal de armas. O mesmo autorizou a divulgação dessa entrevista.

JNSP– O início de uma nova vida com Deus. Primeiramente agradeço a Deus a oportunidade de passar aos demais um pouco dos fatos ocorridos em minha vida. Agradeço a Deus por estar vivo e com saúde mesmo dentro de um cárcere. Antes de responder as perguntas quero dizer para quem ler as respostas abaixo que isso é só um pouco do que pode acontecer com aqueles que se envolvem no crime. Para aqueles que ainda não conhecem a Jesus Cristo, pensem antes de tomar qualquer decisão, pois muitas das vezes não tem volta. Venham para o caminho de Deus.

1- COMO ERA SUA INFÂNCIA E SUA RELAÇÃO COM A FAMÍLIA?

JNSP– Minha infância! Sempre tive curiosidade de conhecer o mundo. tinha sonhos de um dia me tornar um marinheiro, estudava, obedecia meus pais e morava no interior. Aos doze anos saí do interior para ir morar na cidade, convite de minha avó. A partir de então começou a mudança em minha vida.

2- COMO FOI SEU ENVOLVIMENTO COM O CRIME?

JNSP– Crime! Uma palavra tão forte que tem significados “sem limites”. Dor, sofrimento, angústia, tristeza e para completar “CADEIA”. Comecei a fumar e a beber, me descontrolava muitas vezes quando consumia drogas até chegar ao ponto de me viciar e quando não tinha dinheiro partia para o crime, roubava. Não imaginava que ia acontecer o que aconteceu de vir parar nesse lugar.

3- COMO FOI QUE SE SENTIU AO SER PRESO?

JNSP– No ato pensei logo em meus filhos, minha família, pois sempre me avisavam e eu não dava ouvido, eles me diziam que um dia eu iria ser preso e eu nem aí. A partir daí reconheci que estava indo contra a lei, pois lei, autoridade foi constituída por Deus, me senti como um passarinho dentro da gaiola.

4- QUANTO TEMPO DEPOIS DE SER PRESO VOCÊ TEVE CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS?

JNSP– Dois meses depois. Na seccional aceitei a Cristo antes de ser transferido para o presídio.

5- O QUE DEUS FEZ EM SUA VIDA DEPOIS DA SUA CONVERSÃO?

JNSP– Agradeço a Deus, fumava há doze anos, parei graças a Deus, não sinto vontade de fumar, freqüentei o alcoólicos anônimos (AA) por 3 meses. Não preciso mais, pois Deus me libertou desse vicio, agora mesmo dentro do cárcere me sinto feliz, vocês podem até achar e  pensar que estou ficando louco, estou sim, muito feliz em saber que existe um Deus que me ama e que te ama também. Um Deus que cura, sara, salva e que faz muitos milagres em minha e em sua vida, esse Deus que tudo pode o Deus do impossível, o criador do céu de da terra.

6- O QUE PRETENDES FAZER AO SAIR DA CADEIA?

JNSP– Bom Deus me escolheu (I cor. 1.27) então, o que ele me ensinou e me ensina através da sua palavra (Bíblia) eu quero cumprir com o mandamento dele (Mc. 16.15) conforme “a vontade de Deus” e passar para as pessoas e dizer o que Deus fez em minha vida, pretendo pregar a palavra e ganhar almas para servirem e andarem nos caminhos desse Deus maravilhoso, bondoso, misericordioso.

7- PORQUE NÃO VALE A PENA O CRIME, E QUAL O SEU CONSELHO PARA QUEM AINDA VIVE NO CRIME?

JNSP– Primeiro é contra a lei, segundo é um caminho que muitas das vezes trás conseqüências piores do que parar atrás das grades. A pessoa vai para um lugar que não tem mais saída, estou sendo realista! O que posso dizer é que, se você não conhece ainda a Cristo, procure uma congregação mais próxima de sua casa, passe a freqüentar a casa de Deus e então você vai ver o que Deus pode fazer em sua vida. Conhecer a Deus foi a melhor decisão que eu já tomei em minha vida, aceitar a Cristo como meu único e verdadeiro salvador.

8- QUAL O SEU PONTO DE VISTA A RESPEITO DO TRABALHO DO SEMINÁRIO BATISTA EQUATORIAL NESTA CASA PENAL?

JNSP– Primeiramente agradeço a Deus por tudo. Agradeço ao Dr. Paul Lambach, ao pastor Anderson e aos demais irmãos em Cristo Jesus. Esse trabalho é excelente para desenvolver o entendimento e o conhecimento sobre a palavra de Deus (Bíblia). Em meios as muitas dificuldades que enfrentam para chegar aqui na casa penal, eu elogio muito esse trabalho que sei que vem da parte de Deus. Agradeço-lhes e vou orar para que Deus abençoe suas vidas suas famílias e a igreja batista, para que se multiplique para expandir esse trabalho não só nessa casa penal, mas em todas as cadeias do estado, do país e do mundo.

Hoje em dia me sinto transformado pelo poder de Deus, espero está muito em breve aí fora para anunciar o evangelho de Cristo. Muito obrigado Senhor Jesus por ter mudado o quadro da minha vida.

Que Deus abençoe a todos quanto lerem esta entrevista, que Deus acampe os seus anjos em suas residências. Amém! (centro de recuperação americano – CRA I).

“Elevo os meus olhos para os montes: de onde virá o meu socorro? O meu socorro vem do senhor que fez o céu e a terra”. (Sl. 121.1-2)

FALANDO SOBRE DROGAS (parte 1)


Por acaso em algum momento de sua vida alguém já lhe ofereceu algum tipo de drogas? Para muitos é esse o momento de uma longa “viagem” de dependência, sofrimento, perdas, angustia e solidão, basta o primeiro contato com as drogas e não conseguem mais parar.

Certa vez conversando com um senhor já idoso sobre drogas, ele me disse que era viciado, embora nunca tivesse bebido fumado ou experimentado qualquer tipo de drogas, disse que ao ver as pessoas bebendo sentia um forte desejo quase que incontrolável de beber também mesmo sem nunca ter experimentado a bebida. Por esse motivo nunca experimentou, pois sabia que o dia em que bebesse pela primeira vez, talvez não conseguisse mais deixar de beber.

Muitos experimentam as drogas ainda adolescentes, é uma forma que encontram de não serem excluídos de um determinado grupo e de sentir igual aos outros integrantes do grupo. Paradigmas precisam ser mudados em relação aos usuários de drogas. Os dependentes de drogas precisam ser tratados como pessoas doentes que necessitam de ajuda e não como bandidos. Essa é uma grande dificuldade para muitos pais. Portanto, é necessário que se trate desses assuntos com os filhos ainda bem cedo.

As pessoas não vêem o mundo da mesma forma, a mulher não vê o mundo da mesma forma que o marido, os filhos não vêem da mesma forma que os pais, é preciso diálogo entre pais e filhos para que os pais saibam o que filhos pensam, sentem e vivem. Por isso, o melhor é que os pais conversem com seus filhos sobre drogas desde a infância, isso modificará o comportamento delas quando estiverem adultas.

A tendência de muitos pais ao descobrir que seu filho é usuário de alguma droga, é de total brutalidade e ignorância, causando medo e impossibilidade de diálogo. Na verdade o caminho deve ser inverso, primeiramente não deve fingir que nada está acontecendo, é necessário conversar com o filho sobre as drogas e suas conseqüências; em segundo lugar tratar a pessoa como uma ovelha negra da família só piora a situação, e por último não se envergonhar do problema, mas buscar todos os recursos possíveis para ajudar o dependente na recuperação.

Se há alguém na sua família passando por esse problema lembre-se que o diálogo pode ser a melhor forma de mostrar ao usuário a necessidade de buscar tratamento. “Não vivam como vivem as pessoas deste mundo, mas deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a Ele” (Rom. 12.2, NTLH).

Anderson Resende Barbosa

(UNIFESP, Registro 13782)

CURSO: “Fé na Prevenção- Prevenção do uso de Drogas em Instituições Religiosas e Movimentos Afins”

SEM A PRESENÇA DE DEUS NADA VALE À PENA!


Gostaria de apresentar uma pequena entrevista realizada no mês de maio de 2010 com um detento, fruto do projeto evangelístico do Seminário Teológico Batista Equatorial trabalho na Casa Penal de Americano I (CRA-I, Santa Izabel-Pa), onde estamos todas as segundas-feiras desde outubro de 2008.

Altamir da Cunha da Silva está preso por assalto (roubo qualificado, art.157) e formação de quadrilha (art. 288), hoje é servo do Senhor Jesus e responsável pelo trabalho Batista naquela cadeia.

ARB- Como era sua infância e sua relação com a família?

ACS- “Cresci em meio a uma família arruinada, aos 8 anos fui lançado nas ruas e aos 12 fui adotado, aos 18 anos exerci minha primeira obrigação como cidadão, o serviço militar. Em 1993 constituí família e responsabilidades, lutas e frustrações, porém tinha a esperança de ser feliz, custasse o que custar. Trabalhei para grandes empresas como segurança pessoal e patrimonial. Até então, um homem, pai de dois filhos lindos! Pai de família, profissional cidadão idôneo”.

ABR- como foi seu envolvimento com o crime?

ACS- “Após anos de dedicação a família fui surpreendido por grande traição, a infidelidade conjugal, ato que me colocou em uma “lampulheta” e fui forçado a tomar várias decisões precipitadas. Pouco tempo depois passei a viver com prostitutas, perdi o valor pela vida familiar e achei prazer em más companhias, como assaltantes, estelionatários, homicidas e traficantes”.

ARB- com se sentiu quando foi preso?

ACS- “Meses antes da minha prisão perdi vários “amigos” uns para a morte e outros para a cadeia. Não imaginava que o mesmo poderia acontecer comigo, fui preso no dia 09 de agosto de 2008 às 06:00 da manhã. Ao acordar 02 minutos antes, minha primeiras palavras foram; “amor (minha atual esposa) aconteça o que acontecer, não esqueça que eu te amo”. Foi a última frase antes do cerco e invasão da polícia. Tudo o que eu pensei foi: “perdi, caiu a casa”.

ARB- Há quanto tempo depois de ser preso você teve conhecimento da palavra de Deus?

ACS- “Meus primeiros dias na prisão foram muito difíceis, porem minha esposa me cobrava para que eu tivesse um encontro com Jesus, todas as visitas ela me falava das maravilhas que ele estava fazendo em minha vida, porém eu estava cego. No dia 1 de setembro de 2009 eu estava com meus parceiros de cela, quando as 03:00 horas recebi o “ultimato” de Deus, tive várias convulsões acompanhadas de uma parada cardíaca, desde aquele momento eu só chorava e pedia a Deus para não deixar que eu morresse. Jesus  atendeu meu pedido e me restituiu a vida”.

ARB- o que Deus fez em sua vida depois da sua conversão?

ASC- “Após converter-me a Jesus tudo mudou em minha vida, meu ponto de vista quanto a sociedade organizada, meu comportamento, minha vida conjugal, financeira, familiar e principalmente espiritual. Reencontrei minha família depois de 20 anos. Hoje sou mais que vencedor, pois Jesus deu-me uma linda esposa, serva do Deus altíssimo. Jesus é o caminho à verdadeira felicidade!”

ARB- O que pretendes fazer quando sair da cadeia?

ASC- “Hoje sou cooperador na obra do Senhor e estou determinado ao ministério cristão. Quero ser usado para salvar vidas evangelizando da mesma forma que ele me salvou. Vou voltar a sociedade sem dívidas e como representante do Reino de Deus. Trabalhar e viver honestamente servindo a Deus em oferta viva de corpo, alma e espírito.”

ARB- porque não vale a pena o crime? E qual o seu conselho para quem vive no crime?

ASC- “A vida do crime fascina muitos néscios que não a conhecem, porém nada é comparada a realidade quando se trata da “vida” no cárcere. Portanto, o crime só representa dor, sofrimento, solidão, vergonha, humilhação e espancamentos seguidos de mortes prematuras que nem sequer entram nas estatísticas da violência, portanto o crime nunca compensou, não compensa e “NUNCA” jamais compensará. Sem a presença de Deus nada vale à pena!”

Amados, há muitos outros detentos convertidos e estão fazendo a obra de Deus naquele lugar. Pessoas que mataram, roubaram, e fizeram outras coisas que as pessoas sem Cristo fazem dominadas por satanás, hoje estão sendo discípulos de Cristo, verdadeiros missionários. Eles estão pagando pelo crime que cometeram, e conseqüentemente, sendo instrumentos usados por Deus para levar a palavra de salvação.

Eles precisam de apoio e oração. Devemos vencer o preconceito, o medo, o orgulho e fazermos alguma coisa para que essas pessoas consideradas indignas pela sociedade saibam que Cristo morreu por elas. O Senhor nos diz na sua palavra que veio buscar e salvar os que se haviam perdido. Eu creio, e tenho visto isto a cada dia.

O amor pela obra de Deus e pelos presos da Casa Penal de Americano I (CRA-I, Santa Izabel-Pa), tem nos motivado a cada segunda feira pela manhã a irmos para aquele local e compartilharmos do amor de Jesus a eles. Mesmo que a sociedade não reconheça isso, nós servos de Cristo escolhidos por Deus para levar a palavra a todas as pessoas, cumprimos com o nosso dever e fazemos isso por obediência a palavra de Deus, crendo que a palavra transforma, pois se não crêssemos nisso não estaríamos ali.

Anderson Resende Barbosa

Bacharelando Teologia FATEBE/STBE

“O ORGULHO E SUA INFLUÊNCIA SOBRE A NOSSA VIDA”.


Um homem orgulhoso está sempre olhando para baixo sobre coisas e pessoas, e, naturalmente, enquanto você estiver olhando para baixo, você não pode ver algo que está acima de você” (C.S. Lewis).

Desde muito cedo na história da igreja o orgulho tem trazido algumas dificuldades para o meio cristão. O Apóstolo Paulo, nos exorta com relação a esse sentimento causador de males no meio dos irmãos. Ao escrever ao jovem Timóteo, no capítulo 6:17, aconselha  Timóteo a ensinar aos irmãos ricos que não fossem orgulhosos, e ao escrever aos Romanos, no capítulo 12:16, diz que os crentes deveriam ter o mesmo sentimento uns para com os outros, e em lugar de serem orgulhosos, que fossem humildes.

A palavra de Deus ensina que o orgulho não é uma coisa boa. É interessante observar que esse sentimento é considerado como um dos sete pecados capitais. Até mesmo para o mundo o orgulho não é colocado como uma coisa boa. Infelizmente, no meio cristão tem muito desse sentimento que destrói, corrói, dói. “Há pessoas que nunca se despem do seu orgulho. Até ao recordarem os seus erros fazem-no com rapidez” (Paul Masson).

Reflita um pouco sobre sua vida, questione a você mesmo, até que ponto o orgulho tem te influenciado, e lembre-se, que a palavra de Deus não ensina ser orgulhoso. Mas, se quiser ser obediente a palavra de Deus, verá que o Senhor nosso Deus ensina a humildade.

O orgulho impede as pessoas de amar, pois estão preocupados consigo mesmas. Penso que de forma alguma o orgulho deve ser uma influência na vida dos irmãos. Espero que esse sentimento destruidor possa sumir do meio cristão e passar a existir somente a humildade verdadeira. “A falsa humildade é puro orgulho” (Blaise Pascal).

ANDERSON RESENDE BARBOSA

Bacharelando em Teologia, FATEBE/STBE.

SOU FELIZ PORQUE FAÇO PARTE DA FAMÍLIA DE DEUS


Quando criança, eu e meu irmão tínhamos uma tarefa bem cedo todos os dias, buscar leite para nossos irmãos menores, na época fazia-se “contrato de leite”, o lugar era longe, aconteceu algumas vezes de deixarmos a garrafa cair e tudo estava perdido, então começava o choro, não pelo leite derramado, mas por causa do “coro” que íamos tomar ao chegar em casa sem leite. Algumas vezes fugíamos para os cafezais e só retornávamos com a promessa de não apanhar.

Como é boa a lembrança do tempo de criança, mesmo em circunstância em que apanhávamos por derramar o leite. Lembro-me o quanto era bom estar com a família reunida no café no almoço e no jantar. Tínhamos outro costume em família que era fazer o culto pela manhã e a noite, os cultos demoravam e dormíamos e nosso pai dava um tapinha na mesa e todos ficávamos atentos.

Como era bom falar com o pai e com mãe pela manhã, acordar do lado dos irmãos, trabalhar juntos, ir para a escola e para igreja. Os anos se passaram, mudamos do estado Espírito Santo para o Estado do Pará.  O trabalho na roça sempre foi motivado pelos ideais do meu pai de se tornar grande produtor de café e de ter uma boa criação de gado.

Não tinha muitos sonhos, antes de me tornar evangélico desejava ser padre. Na região em morávamos raramente ia padre a igreja em que pertencíamos. Das vezes que ia igreja ele se hospedava em nossa casa, eu e meus irmãos achávamos maior barato, pois as hostes que sobravam da reza ele nos dava para comer.

Bem, muitas das coisas que fizemos não passaram de utopia, não tivemos bons resultados com o café, e o gado só dava para suprir nossas necessidades. Decidi dar outro ruma a minha vida, fui tentar a “sorte” em Belo Horizonte, mas não agüentei muito tempo.  Longe da família, sem referêncial, sem formação, perdido como filho pródigo, vivi longe de casa, andei de cabeça baixa por muito tempo envergonhado das coisas erradas que fiz, depois de sofrer bastante resolvi retornar para minha família.

Arrependido retornei para casa e também para a igreja, tempos depois liderei a juventude da igreja e passei a ensinar na EBD, envolvi na obra de Deus, pregando na igreja, abrindo frentes missionárias. Começamos um trabalho evangelístico na casa do meu pai, nos reunimos debaixo de uma árvore no terreiro da nossa casa, residência simples, feita de lasca de açaí e barro cru. A cobertura do nosso local de reuniões era as folhas das árvores, os bancos eram de pau roliço e tabuas tiradas de motosserras.

Confesso que foi a melhor igreja que frenquentei em toda minha vida, no terreiro da minha casa, junto com todos meus familiares eu e o pai intercalávamos as pregações sendo uma vez dele e outra minha. Muitos de nossos vizinhos se converteram e continuam sendo benção na obra de Deus.

O sonho do meu pai era ter um local mais confortável para nossas reuniões semanais, as quartas-feiras e aos domingos à tarde, para dar uma melhor referencia batista naquele local, mas não tínhamos condições e nem a igreja também poderia construir.

Como estava envolvido no trabalho evangelístico a igreja me fez um desafio de assumir a igreja Batista Betel, na vila Caracol na Rodovia Santarém-Cuibá, pois havia muito tempo que a igreja estava sem obreiro. Foi um desafio e tanto, porém não fui sozinho. Na época o pastor Elderson Mezzomo tinha terminado o primeiro ano do seminário, trancou o curso por um ano para ajudar aquela igreja.

Prestes a completar um ano que estava sem ver minha família meu pai sofreu um acidente de moto e tudo que eu queria era estar perto dele. Não demorou muito, pouco dias que retornei para casa, meu pai faleceu. Não voltei mais para igreja, a dor era indescritível, decidi ficar com minha família.

A lembrança que tenho mais forte de meu pai é do dia em fui pedir a ele para sair de casa novamente, mas dessa vez para a obra do Senhor. Ele estava serrando uma madeira, todo suado, cheio de pó, largou imediatamente o motosserra encheu o peito e expressou toda a sua felicidade por causa daquela notícia.

Como filho mais velho assumi as responsabilidades de casa, valeu os ensinos do meu pai, a persistência dele em pregar o evangelho para mim, eu fui o último a aceitar Jesus. Dois anos depois da sua morte eu casei e disse a minha esposa que um dia iria para o seminário me preparar melhor para ministério.

Eu tinha certeza que Deus me queria na obra, mas não tinha coragem de assumir essa responsabilidade, certo dia eu tive a oportunidade de ouvir o pastor Waldomiro Tymchak pregar, e na hora do apelo missionário eu fui chorando à frente dizendo que estava disposto a ser usado pelo Senhor. Terminei o ensino médio e vim para o seminário.

Muitas coisas mudaram em minha vida, eu aprendi a viver na dependência de Deus. Vim para o seminário sem conhecer ninguém, sem dinheiro, mas confiante que Deus ia suprir minhas necessidades e de fato supriu. Deus usou muita gente para nos abençoar, os da igreja que nos enviou os de outras igrejas que só vieram a nos conhecer só dois anos depois, e outros que não tem nenhuma relação com nossas igrejas batistas, mas tem compromisso com o Reino de Deus.

Sinto muita saudade de minha família, dos amigos que deixei em minha cidade, em compensação fizemos vários outros amigos que tem sido pai, mãe e irmão. Meu pai não me viu pastor, mas teve a alegria de me ver envolvido na obra do Senhor. Aconteceram coisas em minha vida que jamais imaginaria que iria acontecer.

Minha preocupação maior em vim para o seminário era em relação a minha esposa e filhas, como vou sustentá-las, vestí-las, porém o senhor me respondeu em Mateus 6.24-34. Confiei no Senhor e nunca passei uma necessidade sequer.

Estou concluindo o seminário, pastoreio uma congregação dois meses depois que cheguei em Belém desde 03 de março de 2007. Em novembro de 2009 passei a ser bolsista da Junta de Missões Nacionais, e ao terminar o curso de teologia estarei no quadro de missionários da JMN.

No meu ultimo ano do seminário só tenho que preocupar com minha família, mensalidade e aluguel a JMN paga. Sou feliz, mesmo vivendo longe de meus irmãos e minha mãe, sinto saudade da igreja que me enviou ao seminário, graças a Deus conquistei outras amizades, pessoas que nos amam de todo coração, mesmo sem conhecer nossas origens e sem nenhuma relação familiar. Sou feliz porque faço parte da família de Deus. Por isso não choro o leite derramado.

ANDERSON RESENDE BARBOSA

APARTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO ETERNO, PREPARADO PARA O DIABO E SEUS ANJOS.


Uma das coisas que me causa angustia é saber que pessoas ouvirão no juízo final da boca de Jesus em alto e bom som, as duras palavras, “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt. 25.41). Muitas dessas pessoas tentarão justificar seus feitos religiosos, dizendo que expulsaram demônios, curaram, pregaram, mas nada disso adiantará, ouvirão de Jesus que nunca os conheceu, logo, nunca pertenceram ao povo de Deus.

O que levam essas pessoas a dizer que estão pregando e curando em nome de Cristo? Muitos “pastores, bispos e apóstolos” prometem resolver as necessidades das pessoas carentes sem contudo, falar-lhes de arrependimento e transformação de vida, tendo como discurso somente as necessidades materiais dos fiéis.

Estamos passando por um sério problema, as igrejas que mais cresce são os que estão na mídia alcançando todas as casas. O Pr. Waldomiro Motta, pioneiro do trabalho Batista na Bolívia dizia “enquanto a verdade é levada por lombos de burros ou de carros, a heresia vai de avião e é propagada pela TV, como verdade”. (FERREIRA.  Teologia da Igreja . JUERP 2001). Por mais que sejam religiosos, seus objetivos principais é enriquecer e serem famosos.

Percebe-se que o povo está carente, louvado seja Deus porque alguns conseguem ver a verdade (os Bereianos) e saem do meio nocivo. Voltando a minha tristeza que disse no começo das pessoas que ouvirão um “apartai-vos”. Jesus ao falar sobre isso disse! A preocupação de vocês não é relação aos enfermos, aos presidiários, aos sem vestes, aos famintos, aos drogados, nada fizeram para restaurar o homem das mazelas do pecado.

Porem haverá outro grupo que ouvirão, vinde benditos, porque se preocuparam com os outros, tiveram compromisso com Deus, tiveram arrependimento e fé, e conseqüentemente viveram na prática das boas obras. Pessoas que cuidaram dos enfermos, dos presidiários, dos sem vestes, dos famintos, dos drogados fizeram o que podiam para restaurar o homem das mazelas do pecado.

Não acredito no evangelho que convence as pessoas a venderem seus bens e dar à igreja em troca de receber muito mais. O mundo está mudando, os valores estão mudando, seus oficiais estão cada vez mais sem crédito, e desvio de dinheiro, sonegação de impostos , pedofilia, mentiras, subornos e tudo que não presta.  O mundanismo no meio religioso está crescendo. Se na igreja tem roubo, suborno, pedofilia, prostituição.  O homossexualismo também quer entrar.  Homossexualismo é pecado? As outras coisas também são.  Homossexualismo fere os princípios cristãos e se não se arrependerem ouvirão também o “apartai-vos de mim”.

O inferno não foi preparado para o ser humano, não é da vontade de Deus que as pessoas vão para esse lugar, por isso ele enviou seu filho Jesus para restaurar os homossexuais, os pedófilos, os ladrões, mentirosos, os falsos pastores. Não precisamos de justificativas diante de Deus Ele dirá aos seus naquele dia, vinde para o reino de meu pai, pois, o que vocês fizeram aos necessitados fizeram a mim.

O apóstolo Tiago diz que “assim como corpo sem o Espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta”. O Senhor nos chamou a arrependimento e fé, somos salvos pela graça, não pelas obras, mas para praticar as boas obras. Isso inclui o amor aos perdidos não somente os irmãos em Cristo.

ANDERSON RESENDE BARBOSA

BACHARELANDO EM TEOLOGIA FATEBE/STBE

O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS NA OBRA DA EVANGELIZAÇÃO


O APERFEIÇOAMENTO DOS SANTOS NA OBRA DA EVANGELIZAÇÃO

Mensagem pregada dia 01 de maio de 2010

Retiro da mulheres Batistas- Associação Batista Belém e Arredores-ABBAR.

Escola Bosque, Outeiro-Pa.

I Coríntios 15.1-4 Irmãos, venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei, o qual recebeste e no qual ainda perseverais; 2- por ele também sois salvos, se retiverdes a palavra tal como vo-la preguei, a menos que tenhais crido em vão. 3- Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, 4- e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.

O QUE PODEMOS DEFINIR POR EVANGELIZAÇÃO?

Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo. (4º artigo Pacto de Lausanne)

A) Definindo evangelização

A palavra “evangelização” deriva de um termo grego que representa, em seu sentido literal, “trazer ou difundir boas novas”. Sendo assim, ao falar sobre evangelização, é preciso haver em mente o conteúdo da evangelização, a pessoa de Cristo Jesus (ROCHA, Calvino. 2003).

 Evangelização é a proclamação de Jesus Cristo como senhor e salvador, por cuja obra o homem se liberta tanto da culpa como do poder do pecado, e se integra nos planos de Deus, a fim de que todas as coisas se coloquem sob a soberania de Cristo. (René Padilla).

Evangelização abrange todos os esforços no sentido de declarar as boas novas de Jesus Cristo, com o objetivo de que as pessoas entendam a oferta de salvação de Deus, tenham fé e tornem-se discípulos (Billy Graham).

A natureza da evangelização.

Quando o apostolo Paulo escreveu aos efésios ele disse que Deus deu dons aos homens com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho da obra e para a edificação do corpo de Cristo (parafraseado Ef. 4.12).

A declaração doutrinaria da Convenção Batista Brasileira faz a seguinte definição de missões: Missões como usamos o termo, é a extensão do propósito redentor de Deus através do evangelismo, da educação e do serviço cristão além das fronteiras da igreja local. As massas perdidas do mundo constituem um desafio comovedor para as igrejas cristãs. […] As missões procuram a extensão do propósito redentor de Deus em toda a parte, através do evangelismo, da educação, e do serviço cristão e exige de nós dedicação máxima.

Portanto, uma das áreas de atuação da Convenção Batista Brasileira destacada na Filosofia da Convenção é missões, a qual diz: Missões é a ação divina, que conta com a cooperação do homem no cumprimento de seu propósito eterno de redimir o pecador e integrá-lo no corpo de Cristo, que é a sua igreja. É o propósito eterno de Deus de remir o pecador, utilizando-se dos salvos para ganhar os perdidos e ainda promover edificação e o crescimento dos próprios salvos. É um desafio que surge do imperativo da grande comissão e da visão das urgentes necessidades espirituais do povo, visão esta inspirada e dirigida pelo Espírito Santo. Qual o conteúdo das boas novas?

1- Jesus Cristo é o conteúdo das boas novas,

2- Jesus Cristo é a essência da evangelização.

Um dos costumes de Jesus conforme a bíblia relata era ir à sinagoga, foi dado o livro de Isaias para ele ler o qual abriu no lugar onde estava escrito relatos que se referia a Ele e leu para todos. “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” (Lucas 4.18-19).

Os elementos centrais das boas novas de Jesus.

1- Morte e ressurreição. Esses eventos são significativos, pois Cristo morreu por nossos pecados, tomando sobre si a nossa condenação e assegurando a justificação. E ele ressuscitou para provar que o seu sacrifício por nossos pecados havia sido aceito e que ele não havia morrido em vão. Rm. 4.25. O qual foi entregue por causa das nossas transgressões u e ressuscitou por causa da nossa justificação. v 1 Co 15.17-19. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. o E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.

2- Testemunhar de Jesus. Os apóstolos pregavam o evangelho e argumentavam que eram testemunhas das coisas que Jesus havia feito. Como crentes em Cristo Jesus e aperfeiçoados na obra devemos testemunhar de Jesus através da sua palavra.

3- O que ele oferece agora. Ele oferece agora as pessoas que estão perdidas na devassidão do pecado, a transformação, libertação e cura. Jesus oferece perdão de pecados, ele liberta o homem do seu egocentrismo tornando-os sensibilizados com os outros.

4- Arrependimento e fé. As duas coisas são inseparáveis, pois fé sem arrependimento não é fé salvadora, ela fica na classificação de crendice. 

 B) Prelúdio à Evangelização. 

verdadeira evangelização nunca ocorre num vácuo .Ela requer diálogo, convencimento, proclamação de que cremos em Cristo Jesus crucificado. (1 Cor.1.23), não pregamos a nos mesmos mas Jesus Cristo. (2. Cor. 4.5) 1 Cor.1.23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; j 24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus. l 25 Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. 2. Cor. 4.5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus.

O prelúdio da proclamação é a presença. Como partilhar o Evangelho de Jesus Cristo com pessoas com as quais não mantemos nenhum contato? A presença cristã no mundo não substitui a proclamação, a persuasão ou o diálogo, antes, vem a ser o preâmbulo de todos estes elementos.

C) Os resultados da evangelização.

A Evangelização é a proclamação de Cristo com o intuito de persuadir as pessoas a reconciliar-se com Deus. Vejamos alguns exemplos.

2.Cor. 5.11.  E assim, conhecendo o temor do Senhor, persuadimos os homens e somos cabalmente conhecidos por Deus; e espero que também a vossa consciência g nos reconheça.

Atos 17.1-4;  Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, a onde havia uma sinagoga de judeus. 2 Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, b arrazoou com eles acerca das Escrituras, 3 expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse c e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio. 4 Alguns deles foram persuadidos e unidos a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de gregos piedosos d e muitas distintas mulheres.

Atos 18.4; 4 E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos.

Atos 19.8-10, 8 Durante três meses, Paulo freqüentou a sinagoga, onde falava ousadamente, dissertando e persuadindo com respeito ao reino de Deus. 9 Visto que alguns deles se mostravam empedernidos e descrentes, falando mal do Caminho h diante da multidão, Paulo, apartando-se deles, separou os discípulos, passando a discorrer diariamente na escola de Tirano. i 10 Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos.

Atos 19.26; e estais vendo e ouvindo que não só em Éfeso, mas em quase toda a Ásia, este Paulo tem persuadido e desencaminhado muita gente, afirmando não serem deuses os que são feitos por mãos humanas.

Atos 28.23-24. Havendo-lhe eles marcado um dia, vieram em grande número ao encontro de Paulo na sua própria residência. Então, desde a manhã até à tarde, lhes fez uma exposição em testemunho do reino de Deus, procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas.  24 Houve alguns que ficaram persuadidos pelo que ele dizia; outros, porém, continuaram incrédulos.

Isso não significa que não há confiança na ação do Espírito Santo, mas devemos mostrar aquilo que cremos como verdade absoluta para nós. O novo convertido passará por mudanças radicais em sua vida pelo menos em três aspectos.  Em relação a Cristo.  Em relação à igreja.  Em relação ao mundo. A evangelização traz como resultado a obediência a Cristo, o ingresso em sua Igreja (pertencer a Cristo é pertencer ao povo de Cristo, At 2.40, 47) e um serviço responsável no mundo. Atos 2. 40 Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.

João 17. 22 Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. 24 Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo.

FELIZ A NAÇÃO CUJO DEUS É O SENHOR


O ano de 2010 começou com “nuvens carregadas”, muita chuva, muitas mortes, pouca esperança. É ano de eleições presidenciais e toda mobilização dos partidos é para fazer uma boa campanha, e do outro lado os eleitores é a expectativa de fazer uma boa escolha apostando que o próximo governante possa fazer mudanças e conseqüentemente trazer melhoria e esperança aos pobres e miseráveis injustiçados da nossa nação. Enquanto isso não acontece o jeito é submeter a programas assistencialistas do governo para não morrer de fome.

No momento os esforços e investimentos estão sendo direcionados para campanhas políticas, a prioridade nesse ano não será o povo brasileiro mas sim os investimentos em publicidade, propaganda e apelos sem fim nos discursos e propostas de mudança para a nação. A televisão será responsável em fazer a “mágica” diante de milhões e milhões de pessoas.

Muitas pessoas gostam daquilo que é forte e causa emoções nos telespectadores, acostumados com novelas e “BBBs” farão a escolha do nosso presidente. A ferramenta televisiva é poderosa, dependendo da apresentação do candidato no dia-a-dia da disputa presidencial serão avaliados pela cor, carisma, beleza, e promessas sem fundamento e a partir dessas apresentações será escolhido àquele(a) que for considerado o melhor.

A nação vive uma grande injustiça social, milhares de pessoas desamparadas sem emprego, sem casa, sem dignidade, sem valor, sem comida. Os valores morais e éticos estão perdendo terreno para promiscuidade e desvios comportamentais.

Que tipo de esperança se pode ter quando não ouvimos noticias que milhares de pessoas foram empregadas em de 2010, que centenas de pessoas que não tinham onde morar, receberam suas casas, que milhares de crianças ingressaram em escolas, e que os jovens estão participando de projetos e trabalho que lhes darão estabilidade financeira e social. Infelizmente, o que temos visto, é milhares de pessoas desabrigadas por causa das enchentes, mortes por deslizamento de terras, fome, drogas, prostituição e guerras cada vez violenta por causa das drogas.

O que resta ao nosso povo? O que pode acontecer de bom em nosso País? Como é ano de copa do mundo, quem sabe o Brasil conquista o hexa campeonato e traz o “caneco” (taça) para nós. Porém os problemas continuarão, se não houver uma mudança política capaz de tratar das mazelas da sociedade brasileira. A bíblia diz que toda autoridade é constituída por Deus, então cabe a nós cristãos orar para que aquele que for eleito pela maioria possa agir em beneficio da nação.

Quando queremos nos mobilizamos para muitas coisas no nosso cotidiano. Às vezes lutamos de “unhas e dentes” para conseguir algo, agora é hora, de refletir sobre os problemas e fazermos escolhas que acreditamos ser o melhor para nosso povo. Devemos orar para que a pessoa escolhida deixe ser usada por Deus para governar nosso país.

Precisa haver mudanças em nossos pensamentos quanto às coisas desse mundo. Muitos pensam que o fato de sermos cristãos não devemos importar muito com as coisas terrenas. Precisamos defender a pátria em que vivemos, Deus nos chamou para sermos sal e luz aqui na terra, isso implica em compromisso como o nosso povo e com as coisas daqui. Não somos extra-terrestres, somos aqui da terra, estamos aqui na terra, e Deus quer nos usar aqui na terra. Nossa matéria é terra, vivemos em sociedade, constituímos família dependemos uns dos outros, portanto, recai sobre nós a responsabilidade de lutar pela melhoria da nossa nação.

O Senhor estando no céu, criou todas as coisas, ainda sustenta todas as coisas, quando encarnou e se tornou homem como nós, lutou por justiça social, alimentou multidões, curou enfermos, salvou ricos e pobres, no pouco que viveu, foi capaz de dar esperança ou melhor se deu por amor a humanidade. Jesus defendeu a causa de Deus e também do estado “Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt.22.21). O fato de sermos cristãos não nos isenta de lutarmos pela melhoria de nosso país, isso se chama patriotismo, querer o melhor para a nossa pátria, é lutar até a morte par que ela seja salva da invasão do inimigo.

Quando falamos de esperança devemos levar em consideração outro fator mais importante ainda que é a transformação de uma vida pecaminosa para uma nova vida em Cristo. Lutar pela melhoria do Brasil implica em evangelizar nossa pátria para Cristo. Ganhar o Brasil para Cristo é mais do que patriotismo terreno é lutar para por um patriotismo celestial. “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança” (Salmo 33.12).

 Anderson Resende Barbosa

Bolsista JMN/STBE

SERÁ O FIM? OU QUE MAIS PODERÁ ACONTECER?


 A Bíblia nos dá a resposta, em Mateus 24.6-11. “E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. 7 Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; 8 porém tudo isto é o princípio das dores. 9 Então, sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. 10 Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; 11 levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Bíblia R.A).

As guerras já não assustam tanto, faz parte do cotidiano dos cidadãos em toda a parte. Já não é mais por conquistas de terras, como se via séculos passados, hoje se faz guerra por drogas, bebidas, comércio clandestino, tudo é motivo para guerra. Por qualquer “mixaria” os ladrões  matam, e se são capturados pela sociadade os valores invertem, pois morrem linchadas. Estamos em guerra constante, nas familias, nas escolas, nas igrejas, nesse quisito muitos são obedientes a biblia, não se assustam mais, guerreiam de todas as formas.

O que mais poderá acontecer? A fome está aí em todos os lugares, milhares de pessoas mendigando nas ruas, comendo restos podres nos caixotes de lixos, disputando com os cachorros o pão de cada dia. Pessoas que vivem sem esperança, sem comida, sem teto, restando-lhes implorar por míseras moedas para poder sobreviver num mundo capitalista, rico e com muito abastância de comida. Porém, ainda não é o fim!

O que dizer dos terremotos que tem destruido com a vida de milhares de pessoas e cidades inteiras. Crianças sem destino, pais sem esperança, mães desesperadas. Qual o propósito de tudo isso, será algum tipo de aviso de Deus? Esse princípio das dores que a biblia fala para muitos é insuportavél. Tudo isso estamos vivendo de perto, além disso, as enchentes tem matado muitos e deixado muitos desabrigados e sem destino. Deslizamentos de terras tem sido um grande pesadelo para os moradores nos morros e encostas, e para muitos não são pesadelos, tem sido realidade, estão morrendo soterrados.

O texto biblico ainda não acabou para sofrimento nosso, o que mais me incomoda é o fato de ser princípio das dores, o que pode vir de pior pela frente? Sereis atribulados, até então os acontecimentos estava sendo com todas as pessoas independentes de servirem a Cristo ou não, agora o grupo diminuiu, chegou em nós que servimos ao Senhor Deus todo poderoso. Sereis atribulados e vos matarão. Muitos cristãos não sabem o que é ser atribulado, por viver num contexto onde não há perseguição. Porém,  muitos de nossos irmãos missionários já foram mortos e muitos estão em perigos constantes de morte por causa do evangelho.

Interessante que muitos estão se tornando “evangelicos” por causa de status, porém não é isso que o texto está dizendo, o que diz é que: Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome. O evangelho de Cristo é uma mensagem de transformação e não de conformação. O fato de muitos se dizerem evangélicos, é porque se tem ensinado erroneamente a mensagem de Jesus. Quando se aplica a palavra de Deus e contesta o pecado aí muitos, principalmente os “evangelicos” odeiam aqueles que prega a verdade.

Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. Estou com uma grande dúvida, em que período mesmo estamos vivendo? Todos os dias ouvimos falar de guerras, a fome está batendo à nossa porta, terromotos acontecendo constantemente, mexendo com todo o mundo. Milhares de cristãos morreram e ainda são perseguidos por causa do evangelho. Pessoas responsáveis pela lei, estão tentando de todas as formas criar meios para punir os cristãos que pregam contra a imoralidade.

Será que estamos vivendo nesse tempo final? Pois muitos tem se escandalizado com o evangelho, ficou banalizado, sem referencial de uma classe diferente. Há traição, ódio, estelionatários, falsos pastores, falsos irmãos se passando por cristãos.

Só falta Jesus voltar.

 

Pr. Anderson Resende Barbosa

Seminarista Bolsista JMN/FATEBE

PAI, PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM.


Às vezes me pergunto, porque Jesus não foi bem recebido em sua terra? Porque as pessoas se iravam com ele? Porque um dos seus discípulos foi capaz de traí-lo e o entregar para ser morto? Porque outro o negou? Também me pergunto que tipo de relação Jesus tinha com seus familiares? Às vezes penso que desde criança Ele já era criticado pelos seus parentes.

Quando foi em Jerusalém e não acompanhou seus pais no retorno para casa, causou preocupação, medo e três dias de Angústia para seus pais. Quando realizou seu primeiro milagre registrado no evangelho de João, respondeu asperamente a Maria, e não a chamou de mãe. Nada mais se sabe de Jesus a partir dos doze anos aos trinta anos, além de que cresceu em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens (Lc. 2.52).

Ao aparecer novamente, logo após o batismo e a tentação no deserto por quarenta dias, começou a pregar, fazia curas, ressuscitava, alimentavam multidões, perdoava pecados, comia com pecadores, curava aos sábados. Por esses motivos era perseguido. Por fim, apresentou-se como Messias, Rei e Salvador.

Os seus parentes não tiveram dúvidas quanto ao que pensavam dele. “Vamos prender porque está fora de si” (Mc. 3.21, adaptado). Nesse mesmo contexto quando chegaram seus parentes, as pessoas que estavam mais próximas Dele diziam “tua mãe e teus irmãos estão lá fora a tua procura”, porém, Jesus não diferenciava as pessoas que faziam a vontade de Deus dos seus familiares, e lhes diziam que eles eram considerados para Ele mãe e irmãos.

Parece paradoxal, por mais que fosse odiado por muitos, havia uma multidão que o seguia, às vezes não conseguia nem se alimentar direito, não podia ficar em lugares públicos, quando estava na praia tinha que ficar em um barquinho no mar por causa da multidão. Havia milhares de pessoas seguindo a Cristo por causa dos milagres, da comida, como hoje há, por causa da cura, da casa própria e do carro.

Será que no meio daquela multidão que gritava “crucifíca-o” não estavam ali pessoas que ficaram insatisfeitas com a multiplicação dos pães, porque Jesus não os deixou ficar com as sobras? Será que não estavam alguns daqueles cegos que não voltaram para agradecer a cura? Será que não estavam alguns daqueles seus familiares que pensava que Ele era um louco?

Jesus desde o seu nascimento até a sua morte nos mostrou com sua vida 100% humana que devemos renunciar tudo para fazer a vontade de Deus, independente da visão das pessoas que não entende o que é um chamado. Essas pessoas podem ser governantes, vizinhos ou até familiares. Podem até pensar que somos loucos por se entregar a fazer a vontade de Deus. Sobretudo, Jesus nos ensina que a obra de Deus não deve ser feita esperando um reconhecimento terreno, nem elogios, seja de quem for.

O que Jesus recebeu em troca por tudo que passou e que fez aqui na terra por mim e por você foi uma coroa de espinhos e uma cruz pesada com o meu e o seu pecado. Independente disso ele nos perdoa e nos ama e quer que estejamos com ele na Glória.

 ANDERSON RESENDE BARBOSA

BACHARELANDO TEOLOGIA FATEBE/STBE

BOLSISTA  DA JUNTA DE MISSÕES NACIONAIS

JÁ BASTA! VAMOS PARA RETROSPECTIVA 2010.


 

 Quando chega o final de ano fico apreensivo para ver a retrospectiva do ano que se findou, infelizmente, as notícias ruins superam em muito as boas. Acompanho os noticiários de tudo que aconteceu no país e no mundo, a criminalidade crescendo, o comércio e consumo de drogas invadindo as praças das cidades, os desvios de dinheiro publico, e o auto índice de mortalidade de todas as formas.

Essas mazelas não nos sensibiliza tanto, enquanto estão acontecendo lá fora, quando não há pessoas da nossa família sendo levadas pelas enchentes, quando não há nenhum usuário de drogas da nossa casa se destruindo e roubando os próprios pais para alimentar seu vício, quando não é nenhum de nossos filhos ou pais que estão nas filas de hospitais esperando dias a fio por um atendimento. Quando está tudo bem conosco, tudo isso não passa de noticiários ruins.

A pior experiência que uma pessoa pode passar nessa vida é a perda de um membro da família, senti isso quando perdi meu querido pai no dia 24 de janeiro de 2000. Dez anos se passaram, e não foi fácil superar a perda. O que me ajudou a superar é a esperança de que um dia estaremos juntos no grande encontro com o Senhor Jesus.

O começo de 2010 para muitos foi o pior de todos os tempos, pois perderam pais, filhos, parentes, bens. Essa série de tragédias como deslizamento de terra, matando centenas de pessoas; enchentes, matando e destruindo tudo que as pessoas levaram uma vida para construir; terremotos, como do Haiti que dizimou famílias inteiras e outras parcialmente, deixando somente crianças que sozinhos não conseguem sobreviver.

Fico a pensar, até onde se podem considerar essas tragédias como coisas da natureza, ou ação de Deus. Não quero fazer nenhum tipo de julgamento a esse respeito. Havia naquele local pessoas preocupadas com aquela nação, e até morreram junto com eles vítimas do terremoto, missionários, policiais, civis que tinham um propósito de proporcioná-los uma vida mais saudável, e digna.

O apóstolo Paulo quando escreve a igreja de corinto, diz que “Se a nossa esperança em Cristo se limitar apena a essa vida somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co. 15.19). Não sei quantos dos que sobreviveram a todas essas tragédias que já aconteceram nesse início de ano tem esse conhecimento da palavra de Deus.

É difícil falar de esperança para essas pessoas nesse momento de perdas e desespero, é difícil dizer para essas pessoas que não conhecem a Cristo que Jesus os ama.  Muitos nesse momento de dor e desespero não vão conseguir entender que Deus é amor.

Há milhares de pessoas recomeçando suas vidas, meio a lágrimas e profunda dor e perda, e precisam ser apoiadas, acompanhadas e curadas. Cabe a nós servos do Deus altíssimo, ajudar essas pessoas vítimas das adversidades a se reestruturarem e reconstruir suas vidas.

Também é nosso dever falarmos de Cristo para que sejam confortados na esperança de que no último dia encontrarão com os seus na presença de Cristo. Agradeço a Deus pela vida das pessoas que estão se sensibilizando com estes que foram vítimas dos diversos acontecimentos e de alguma forma tem dado a eles a oportunidade de recomeçarem.

 

Pastor Anderson Resende Barbosa

Seminarista Bolsista da JMN na FATEBE/STBE

 

JUSTIÇA DO CRENTE X JUSTIÇA DOS ESCRIBAS E FARISEUS


“se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus”. (Mateus 5.20). Há várias correntes teológicas muito disseminadas em nosso meio ensinando que a entrada no reino está condicionada a obediência a leis impostas pelos grupos religiosos. Se a interpretação do texto no sermão da montanha for encarada como mandamentos por causa das antíteses de Jesus (“eu, porém vos digo…”), logo, o sermão da montanha se enquadra plenamente no contexto do antigo testamento e nos ensinos dos escribas e fariseus. Nada mais é do que outra imposição de leis. Há quem diga que os ensinos de Jesus no sermão da montanha são mais pesados do que a lei de Moisés.

Outra linha teológica diz que não podemos ler com seriedade o sermão da montanha sem ficarmos desesperados. Onde diz que uma palavra ofensiva a outra pessoa você é digno de morte; Jesus exige castidade, que evite até mesmo um olhar impuro, pois comete adultério. E levantam o questionamento: quem pode cumprir tais ordenanças? Logo, o sermão é um ideal inatingível. As questões levantadas são as exigências de Jesus. Não há possibilidades de cumprir tudo o que Jesus ordenou, logo, interpretam como um ideal inatingível. Diz que é um grande erro julgar realizável o sermão da montanha. O que Jesus prega é impossível de se praticar.

Outra diz que a aplicação do sermão é uma ética de emergência. Ou seja, o que Jesus ensinou no sermão da montanha não é uma moral do progresso para longo prazo, mas sim para as necessidades do momento. A idéia da pregação e dos ensinos de Jesus na concepção da ética de emergência é encarada como a pregação de Noé sobre o dilúvio, a destruição de Sodoma e Gomorra, e a cidade de Nínive.

A idéia do verbo exceder é ser mais do que suficiente; para indicar em que aspectos a abundância é expressa com transbordamento, pessoas que têm uma vantagem, ser melhor, desligar; tem uma abundância de, ter mais do que suficiente. O verbo perisseusse dá idéia de um rio que transborda.

O teólogo Joachim Jeremias, Diz que: “O sermão da montanha possui uma estrutura bem clara (MT 5.20). A interpretação mais comum tende a colocar aqui escribas e fariseus em pé de igualdade. Entretanto, se trata de dois grupos distintos: os escribas são os mestres de teologia, e se tornaram escribas depois de anos de estudos. Os fariseus, não são teólogos, mas sim grupos leigos piedosos presentes em toda a parte do país.

A palavra Fariseu tem o significado de “separados”. Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens cerimoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente, negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras. Mantinha de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados a vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais.

Em oposição à dominação da família Herodes e do governo Romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Flávio Josefo, eram mais de 6000. Foram duramente repreendidos por Jesus, por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade, por causa disso se tornaram inimigos amargos de Jesus e sua causa.

Quanto ao estilo religioso dos escribas e fariseus, aparentemente, sem nenhuma reprovação, tinham uma vida de oração, jejuns (Mt. 6.5-6, 16); valorizavam a comunhão (segundo Flávio Josefo); fiéis dizimistas e doadores (Mt.23.23, Lc.18.12); evangelistas ativos (Mt. 23.15). Não é de se admirar, pois no meio evangélico atual encontramos pessoas do mesmo jeito, “assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (mateus 23: 28).

Segundo Russell Shedd, “Não é suficiente a observância de leis e de costumes; para isso os fariseus serviam muito bem. Precisa-se, uma certa realidade espiritual produzida pelo relacionamento com Deus pela fé que resulta numa retidão interna pela expressão externa”. Primeiramente a justiça dos Teólogos, (escribas). Jesus confronta os escribas com relação à interpretação das escrituras, onde são apresentadas as leis de Moises, e a que Jesus estava apresentando como, (“eu porém vos digo…”). Em segundo lugar, A justiça dos leigos e piedosos, (fariseus). Jesus trata com os fariseus sobre a observância das leis, onde se opõe a esmolas, às três horas de oração, ao jejum, como sendo forma de apresentarem exteriormente as pessoas e se justificarem por esses atos.

Jesus ao dialogar com um doutor da lei falou sobre justiça. Ao falar sobre atos de justiça, Jesus apresentou aquele homem, personagens que se identificava com ele, que eram os sacerdotes e levitas. (parábola do bom samaritano). A primeira reação não foi boa, pois ele entendeu que como mestre, representante da justiça e da lei, não amava o próximo. A segunda reação do mestre da lei foi que percebeu que fazia discriminação das pessoas, logo não agia segundo a justiça de Deus. A terceira reação, foi ser considerado inferior ao samaritano, visto que o samaritano tem mais amor pelo próximo do que os mestres da lei. Muitas das vezes, as classes que refutamos do nosso meio, tem mais amor aos seus do que os próprios “mestres da lei” “teólogos, religiosos, pastores, seminaristas”. As pessoas a quem desprezo por sua falta de justiça (dentro do nosso ponto de vista) podem ser mais justas que eu.

O Senhor Deus diz a Moises no A.T. em Deuteronômio 16.20 “A justiça seguirás, somente a justiça, para que vivas e possua a herança a terra que te dá o Senhor, teu Deus”. No judaísmo rabínico, a “justiça” se identificava completamente com a conformidade à lei. Muitas das leis, normalmente as leis cerimoniais, já não era relevantes na forma em que estavam, mas, segundo os rabinos, tinham a intenção do treinar os homens na obediência e, especialmente, providenciar uma maneira para os homens adquirirem mérito aos olhos de Deus. A doutrina da justiça segundo Mateus é parte central da mensagem de Jesus. Até mesmo a obra de João é descrita nestes termos, porque veio “no caminho da justiça” Mt. 21.32, e conclama todo Israel ao arrependimento e ao batismo.

Sermão pregado por Anderson Resende Barbosa na capela do seminário Teológico Batista Equatorial

MISSÕES NO MEIO DO MUNDO


“Porém em nada considero a vida por preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus” (Atos 20.24).

Dos dias 07 a 18 de janeiro estive em Macapá no estado do Amapá, no “meio do mundo”.  Enviado pela Junta de Missões Nacionais, no projeto bolsa seminarista, especificamente, para a congregação Boas Novas, no Bairro Marabaixo III, onde o pastor Dirceu Bonomo desenvolve um belíssimo trabalho evangelístico.

Os desafios são enormes, pois no extremo norte do Brasil onde se pode chegar somente de barco ou avião, pode-se encontrar em diversas partes do Estado, missionários da JMN dedicando todo o seu tempo na proclamação do evangelho do reino de Deus.

O Amapá é um estado grande em termos territoriais, dividido em 16 municípios, com uma população estimada em 613.164 habitantes. Ao chegar a Macapá, o pastor Dirceu me apresentou a vários irmãos da congregação, falou do projeto Marabaixo III, me mostrou um pouco da cidade de Macapá.

Na sexta feira, no meu segundo dia fizemos visitas durante o dia, e a noite, fomos para uma arena, área de lazer do bairro, próximo a congregação onde convidamos as pessoas que ali estavam para os cultos da igreja. Falamos com dezenas de pessoas, entregamos vários folhetos.

No domingo pela manhã participamos da EBD e à noite pregamos a palavra de Deus. Na terça feira fomos até a cidade de Ferreira Gomes que fica a 137 km de Macapá as margens do rio Araguari, visitar o casal de missionários da Junta, pastor Leudovaldo Rabelo e Fábia Rabelo.

Tivemos a oportunidade de participar de todos os trabalhos da igreja, cultos nos lares na quarta feira, visitas durante o dia, culto de oração na quinta feira, oportunidades que tivemos de louvar a Deus e agradecer pela providência de Deus para o desenvolvimento da obra missionária.

No sábado, fizemos um culto na arena, onde dezenas de pessoas ouviram a palavra de Deus. Ao domingo pela manhã demos a lição da EBD e à noite pregamos novamente a palavra de Deus.

Em resumo, foram dez dias abençoados por Deus. E para a honra e Glória do Senhor Jesus houve duas decisões e quatro reconciliações.

Agradeço a Deus pela oportunidade de ter aprendido mais sobre a obra missionária e ter aprendido com os missionários que encontrei em que me mostraram o valor de testemunhar do evangelho de Cristo, onde deixaram tudo e se dispuseram a servir ao Senhor.

 

Pastor Anderson Barbosa

O NATAL DA IGREJA BATISTA DO CENTENÁRIO


                                                                                    A igreja Batista do Centenário pastoreada pelo pastor Mesaque Rego e sua esposa Osmélia Rego, comemorou no dia 26 de dezembro de 2009 seu 27º aniversário. Foi um evento diferente, ao  invés de reunir toda a igreja e convidar outras igrejas para o aniversário da igreja, eles resolveram fazer uma programação diferente para comemorar essa data tão especial em um lugar também especial.

Desde  julho de 2009 a Igreja Batista do Centenário tem ajudado a frente missionária no conjunto Tauarí, a “caçulinha” de suas frentes missionárias.

 O trabalho evangelístico é realizado na casa da irmã Riva, uma serva de Deus que sentiu o desejo de ter uma igreja batista no seu bairro, e hoje conta com um grupo de mais 30 pessoas entre elas, crianças, adolescentes e pais de algumas delas que já aceitaram o Senhor.

A relação da igreja com a frente missionária começou no mês de julho quando foi realizada uma EBF, com três dias de programações para as crianças e um culto no sábado a noite para toda a comunidade. Depois de seis meses trabalhando e conhecendo a comunidade tiveram essa decisão de fazer algo no conjunto, e escolheram fazer o aniversário da igreja com aquelas famílias.

O evento foi marcante, o que a igreja investiria numa programação da festa, investiram em presente para as crianças e kit de material escolar e cestas básicas para as famílias que congregam na frente missionária. 

Foi um momento especial para aquelas crianças e suas famílias, porque perceberam que a igreja tem se preocupado com elas e participado de alguma forma de suas vidas. Muitos pais sairam satisfeitos, pois seus filhos receberam o presente de natal que eles não puderam dar, além das coisas materiais, foram alimentados com a palavra de Deus.

“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus”   (I Coríntios 10.31).

 

Pr. Anderson Barbosa

JUBAPA eu visto essa camisa.


 A maior alegria de uma pessoa é quando seu sonho se torna realidade. A juventude batista do Pará entende bem o que é isso. Tínhamos a esperança de ver uma juventude unida lutando por uma mesma causa e isso já é realidade. O sonho de ter um site tornou possível, graças a Deus e a competência e trabalho dos jovens paraenses.

No ano de 2004 na convenção estadual que houve em Altamira-Pa, tivemos uma reunião e formamos a diretoria da JUBAPA para corrermos atrás desses sonhos. Formamos uma liderança, pois há muito tempo a juventude estava esquecida. Esse era o desejo da nova diretoria de formar uma juventude integrada e envolvida com as jubas associacionais. Porém, uma coisa nos impedia que era a distancia em que os lideres tinham uns dos outros.

Na época ficou o seguinte: Presidente, Nadilson Teixeira, morando em Castanhal; Vice-presidente, Cleyma Rodrigues em Itaituba-Pa; Segundo Presidente Mauro Santos Lima em Uruara-Pa; Secretário Anderson Barbosa em Uruara-Pa; Segundo Secretário Pr. Jailton Ribeiro na época seminarista, morando em Belém.

Em 2006 em Santarém tivemos a reunião da JUBAPA, discutimos sobre o que fizemos no período de 2 anos e o que poderíamos fazer nos anos seguintes. No grupo reunido em Santarém que não foi muito, tivemos a formação da nova diretoria que não foi nova, continuou a mesma porque ninguém quis o desafio. Tivemos alguns avanços, conseguimos participar de alguns eventos das JUBAS mas nada a nível estadual.

Finalmente, o novo tempo chegou para a juventude batista paraense em 2008 em castanhal. Muitas coisas foram discutidas, houve bastante questionamentos e cobrança para que a liderança promovesse eventos que envolvesse os jovens. As considerações naquele evento foi o marco para termos uma juventude com planejamento estratégico, proximidade da liderança para melhor desempenho das programações da JUBAPA. Glória a Deus, funcionou.

Os jovens batistas paraenses apoiaram a nova diretoria, as igrejas e pastores também abraçaram a causa. Esse apoio foi fundamental para o nosso “sucesso”. Só Deus sabe as lutas e dificuldades que a liderança enfrentou para que chegasse onde chegou, mas a alegria não tem como esconder, fomos notícia nacional no meio batista, com textos no “O Jornal Batista” e em outros sites.

Desta forma, a juventude está se tornando conhecida e fazendo parte da liderança da juventude nacional. Louvamos a Deus pela disponibilidade e competência do nosso presidente Francisco Helder e sua equipe, pelos congressos realizados. Pelo lindo site da JUBAPA gerenciado pelo Luiz Henrique, e pelos jovens que tem gastado tempo e recursos para que a JUBAPA melhore a cada dia.

Quero parabenizar todos os jovens paraenses que veste a camisa da JUBAPA, que estão fazendo a história da JUBAPA nas suas associações e igrejas. Estamos com um novo desafio, ele se chama 2010, ano convencional, possivelmente, haverá mudanças na diretoria, mas não na equipe. Vamos juntar nossas forças e continuarmos fazendo o que sabemos de melhor para que cada dia mais a juventude batista paraense continue a crescer e proclamar a palavra de Deus.

O desafio é que todos se envolvam, colaborarem, contribuam para que nos anos seguintes possa haver diferenças assim como houve dos anos 2004 a 2009. Oremos para que mais igrejas apóiem a JUBAPA, que mais jovens se comprometam, afim de que ela seja referencial para a gloria de Deus.

Quero parabenizar a todos os jovens batistas paraense, ao presidente da JUBAPA Francisco Helder pelo seu empenho; ao Daniel Machado vice-presidente, que não tem medido esforços e nem distância para servir a juventude; ao amado Luiz Henrique na gerencia do site e a todos que vestem a camisa da JUBAPA.

FELIZ 2010 REPLETO DE PAZ E ALEGRIA A TODOS.

PR. ANDERSON RESENDE BARBOSA.

“O MUNDO VAI ACABAR! TÃO CERTO COMO AR QUE EU RESPIRO”.


“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens” (I Co. 15.19). O mundo vai acabar! Tão certo como ar que eu respiro. A conferência da ONU em Copenhague é de evitar essa catástrofe. Por isso, estão tentando fazer um acordo entre os países para diminuir a emissão de gás carbônico (CO2), que segundo os ambientalistas, é o principal causador do aquecimento no planeta. Segundo as pesquisas em alguns anos o mundo em que vivemos será um caos.

Muitos líderes, de países mais pobres culpam os países mais ricos de serem os piores causadores desses problemas. Diante das discussões quem vai “pagar a conta”, fica difícil o acordo de como diminuir a emissão de gases. Por trás de toda essa polêmica tem uma coisa que pesa mais para os envolvidos na destruição do planeta, que é a disponibilização de dinheiro para investir em outras formas de não emitir (CO2) na atmosfera.

O que percebo em tudo isso, é a preocupação de quanto o país vai deixar de ganhar ao optar em fazer mudanças, pois, quando se trata de dinheiro aí é pensado, pesado, medido e contado. Percebo que nas discussões não são tratadas de pessoas, mas de gastos. Vejo que as conseqüências de tantas desgraças nesse mundo em que vivemos é a falta de amor ao próximo.

Quando vejo o mundo envolvido em questões como a que está sendo tratada em Copenhague fico a perguntar, por que o mundo não se mobiliza também para erradicar a fome? Visto que, a fome no mundo não é um problema de produção, mas de distribuição. Com gás (CO2) sem gás (CO2), com efeito, estufa ou sem efeito estufa, esse mundo vai acabar mesmo; e não é a união de países ricos e pobres que vai mudar a situação.

Não estou dizendo que não devemos preservar o meio ambiente, é um dever nosso, mas estou dizendo que os marginalizados da sociedade são esquecidos, pessoas virando “sapo” morando na lagoa, debaixo de pontes, em caixotes de lixo, e milhões e milhões sendo doados para determinados fins, que deveriam ser investidos para erradicar a fome.

Fico pensando nas famílias que nesse final de ano não tem onde morar, nem o que comer, e vestir, enquanto que outras não sabem mais em que gastar e curtir. Qual o sentido da vida para essas pessoas, que entra ano e sai ano e não tem nenhuma esperança de melhora? Melhor é que o mundo acabe mesmo.

ANDERSON RESENDE BARBOSA

Bacharelando em Teologia FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

DECLARAÇÃO DOUTRINÁRIA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA


PREÂMBULO

Os discípulos de Jesus Cristo que vieram a ser designados pelo nome “batista” se caracterizavam pela sua fidelidade às Escrituras e por isso só recebiam em suas comunidades, como membros atuantes, pessoas convertidas pelo Espírito Santo de Deus. Somente essas pessoas eram por eles batizadas e não reconheciam como válido o batismo administrado na infância por qualquer grupo cristão, pois, para eles, crianças recém-nascidas não podiam ter consciência de pecado, regeneração, fé e salvação. Para adotarem essas posições eles estavam bem fundamentados nos Evangelhos e nos demais livros do Novo Testamento. A mesma fundamentação tinham todas as outras doutrinas que professavam. Mas sua exigência de batismo só de convertidos é que mais chamou a atenção do povo e das autoridades, daí derivando a designação “batista” que muitos supõem ser uma forma simplificada de “anabatista”, “aquele que batiza de novo”.

A designação surgiu no século XVII, mas aqueles discípulos de Jesus Cristo estavam espiritualmente ligados a todos os que, através dos séculos, procuraram permanecer fiéis aos ensinamentos das Escrituras, repudiando, mesmo com risco da própria vida, os acréscimos e corrupções de origem humana. Através dos tempos, os batistas se têm notabilizado pela defesa destes princípios:

1º – A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta.

2º – O conceito de igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas.

3º – A separação entre Igreja e Estado.

4º – A absoluta liberdade de consciência.

5º – A responsabilidade individual diante de Deus.

6º – A autenticidade e apostolicidade das igrejas.

Caracterizam-se também os batistas pela intensa e ativa cooperação entre suas igrejas. Não havendo nenhum poder que possa constranger a igreja local, a não ser a vontade de Deus, manifestada através de seu Santo Espírito, os batistas, baseados nesse princípio da cooperação voluntária das igrejas, realizam uma obra geral de missões, em que foram pioneiros entre os evangélicos nos tempos modernos; de evangelização, de educação teológica, religiosa e secular; de ação social e de beneficência. Para a execução desses fins, organizam associações regionais e convenções estaduais e nacionais, não tendo estas, no entanto, autoridade sobre as igrejas; devendo suas resoluções ser entendidas como sugestões ou apelos. Para os batistas, as Escrituras Sagradas, em particular o Novo Testamento, constituem a única regra de fé e conduta, mas, de quando em quando, as circunstâncias exigem que sejam feitas declarações doutrinárias que esclareçam os espíritos, dissipem dúvidas e reafirmem posições. Cremos estar vivendo um momento assim no Brasil, quando uma declaração desse tipo deve ser formulada, com a exigência insubstituível de ser rigorosamente fundamentada na Palavra de Deus.

FONTE: http://www.batistas.org.br/

A “ORAÇÃO DA PROPINA” CAUSOU UM MAL EXTRAORDINÁRIO PARA NOSSO PAÍS.


Em 1989 eu conheci o evangelho, morava no interior do Espírito Santo, na minha casa não tinha radio e nem televisão. Fui poupado dos acontecimentos e das constantes notícias ruins que certamente havia naquela época. Louvo a Deus porque com 13 anos de idade morando na comunidade rural fui alcançado por Cristo.

Se hoje não fosse servo de Deus, teria muita dificuldade diante de tantos vexames que tenho visto no meio evangélico. O pastor que fez a “oração da propina” causou um mal extraordinário para nosso país. Maior do que qualquer valor em dinheiro que políticos já roubaram em toda a história. São pastores sem compromisso com o reino de Deus. Pastores que ensinam seus “pastores funcionários” a arrancar dinheiros dos fiéis, outros com dinheiro ilícito viajando para o exterior, outros fazendo campanha de 900,00, etc.

As pessoas que não conhecem as estruturas religiosas, não sabem de onde surgiram, a que grupo religioso pertencem e como conseguiram o título de pastor,  e logo pensam nos pastores de modo geral. Assim como estão abençoando propina, foi o que vimos, creio que concordam com outras coisas também absurdas que não são mostradas na mídia. Vamos ficar em alerta, pois quando a lei da homofobia for aprovada eles estarão lá com a bíblia na mão abençoando a decisão e possivelmente fazendo até o casamento. Estou com vergonha! A esperança de um país melhor e de representantes justos está cada vez mais distante.

Todos os dias aparecem na mídia um escândalo, envolvendo lideres políticos e religiosos. Para os políticos a punição é o impeachment, e para os pastores? Deveria ter um código de ética para punir esses sujeitos e não permitir que usem o título de pastor. Vale ressaltar que muitos escândalos em que envolve “pastores políticos”, eles não são denominados pela sua função política, mas pela função de pastor, porque o mínimo que se espera da classe é justiça, ética, moral, e respeito pelos cidadãos brasileiros.

Sou pastor, e estou profundamente triste, porque esses falsos pastores têm manchado o nome dos pastores que estão verdadeiramente comprometidos com o reino de Deus. Que Deus tenha misericórdia!

Pastor Anderson Resende Barbosa

Bacharelando em Teologia FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

QUEREMOS UM REI SEGUNDO O NOSSO CORAÇÃO. ESSA É A ESCOLHA DE MUITOS EVANGÉLICOS ATUAIS.


JERUSALEMBendito o reino que vem o reino de Davi, nosso pai! Hosana nas maiores altura! Este foi o grito que estava entalado na garganta do povo de Israel há muitos anos. Se o povo soubesse que o reino de Jesus não era político, que não era deste mundo, certamente, eles não teriam feito uma tremenda festa com tanta euforia em Jerusalém. A necessidade que o povo tinha de libertação era tão gritante que eles nem sequer questionaram Jesus sobre sua pobreza, simplicidade e passividade. Para o povo naquele momento não importava se o rei era bonito ou feio, como se vestia, de que família pertencia, também não importava para eles se Jesus era marceneiro.

O povo já havia aprovado Jesus, porque os alimentou, curou seus doentes, até mortos havia ressuscitado, no momento não tinha outro melhor para ocupar o cargo. O que importava para o povo era que seus desejos estavam sendo satisfeitos, na verdade eles não estavam preocupados com o rei, mas sim com que o rei poderia dar para eles. Os discípulos também estavam preocupados com o poder e status e conjecturando sobre as posições no reino, chegando ao ponto de pedir para que um ficasse a direita e outro a esquerda.

Nos dias atuais os seguimentos religiosos tem ensinado a muitos que Jesus tem a obrigação de lhe abençoar, uma vez que a pessoa cumpra com exigências do seu meio religioso e muitos já não estão tão satisfeitos com Jesus porque aprenderam que seguir a Cristo é um meio de crescer financeiramente, tendo a idéia de compensação. Assim como o povo na época de Jesus queria poder, riquezas, independência, direito de dominar, humilhar os outros, se passível matar, há também essa necessidade hoje.

A necessidade pelo poder e ter um pouco mais de dinheiro levou Judas a trair o mestre, depois de bom tempo vivendo junto percebeu que o reinado de Cristo não era o que ele esperava, o povo também já não estava tão satisfeito, pois as palavras de Jesus exigia deles mudança de comportamento, exigia amor ao próximo e fidelidade.

Vários questionamentos surgiram com relação às decisões tomadas sobre o fato de terem gritado em Jerusalém que Jesus era o rei dos Judeus. Fico a pensar no arrependimento do povo em seguir um rei que sequer se deu ao luxo de providenciar um belo cavalo branco, de ter nas mãos um lindo cetro de ouro. Talvez depois de analisar a situação devem ter se perguntado, onde estávamos com cabeça de termos levantado palmas e gritado com tanta convicção que este era o rei dos judeus?

Diante disso, não tiveram dúvidas, se juntaram, e muitos dos que rasgavam suas gargantas dizendo “hosanas ao rei”, agora expressariam sentimento de recusa, desprezo, ódio, dizendo do fundo do coração, “crucifica-o”, porque não queremos um rei que só fala de amor, perdão e compaixão; não queremos um rei que nos ensine a virar a outra face quando somos esbofeteados.

Se Jesus viesse hoje no meio povo que se chama cristão e se levantasse contra esses ensinamentos que não tem nada dos ensinamentos do evangelho do reino, certamente, o grito de “crucifica-o” seria mais horrorizante, com muito mais violência do que no Seu tempo.

O povo não tem compaixão, nem misericórdia, não sabe amar, não respeita as outras pessoas, mas querem estar no direito de ser cidadão do reino. Querem mandar e dominar sobre os outros, determinar o que é melhor para a vida das outras pessoas sem se dar contas que cada um é responsável diante de Deus.

O evangelho da salvação está sendo apresentado como meio de satisfação pessoal, bens materiais e poder. Jesus está sendo trocado por Barrabás. Sempre quando a escolha não é de seguir as verdades ensinadas nas escrituras, conseqüentemente, surge mais um grito de crucifica-o.

 

ANDERSON RESENDE BARBOSA

BACHARELANDO EM TEOLOGIA FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

O VALOR DA EDUCAÇÃO CRISTÃ E SUA RELEVANCIA PARA A FORMAÇÃO DE UMA SOCIEDADE MAIS JUSTA.


educaçãoOs educadores bíblicos ao longo de toda história  contribuíram de forma considerável para a compreensão da missão educacional através das escrituras. A contribuição para esse conhecimento vem desde os antigos, onde o povo hebreu preservou isso com muita responsabilidade.

Cada família era responsável para passar os valores religiosos para os filhos. A educação se dava nos lares, tanto no sentido religioso como na área secular, e toda informação passada de pais para filhos era de forma oral.

Em um determinado período os ensinos religiosos era feito pelos profetas. Embora o lar seja o centro formador, e responsável pela tradição, os profetas são conhecidos e aceitos como os grandes educadores e responsáveis pela formação religiosa. Os escribas e fariseus tiveram um papel importante na história do povo hebreu no ensino e preservação da herança hebraica.

A preocupação de não perder os seus valores e costumes a educação religiosa passou a ser ensinada pelos escribas e fariseus nas sinagogas, que não era somente um lugar de adoração, mas também de educação. Esse processo passou para o novo testamento em que a herança judaica não deveria ser perdida e os ensinos deveriam continuar como de fato continuou.

 Nota-se, que Jesus pode ser destacado como um mestre por excelência no quesito ensino. A sua própria vida e seus atos passam a colaborar para a educação cristã. Seguindo o exemplo de Jesus e como bons aprendizes os apóstolos demonstraram que aprenderam a lição do mestre por excelência, e passaram a construir princípios que são as bases fundamentais hoje do ensino cristão e da expansão do reino de Deus.

Passado os apóstolos, a educação cristã continuou através dos pais da igreja, que por sua vez expandiu de forma surpreendente por varias civilizações, tendo assim a necessidade de sistematizar melhor o ensino cristão. Com a expansão do ensino religioso e a contribuição dos pais da igreja o processo educacional, ou formação teológica, estoura na Europa com forte impacto chegando ao ponto de haver uma necessidade de uma reforma, uma vez que os ensinos religiosos não estavam tão voltados ao ensino da palavra.

Toda essa construção perpassou o tempo chegando ao contexto atual como ferramenta essencial para os estudos nas igrejas como se denomina de escola bíblica dominical, que é a responsável pelo ensino da palavra de Deus. Portanto o processo de educação passou pela herança hebraica, judaica, européia, todo o contexto da reforma até os dias atuais da igreja no Brasil.

Nota-se a partir dessa reflexão a obediência aos ensinos de Jesus ao qual diz em Mateus 28. 19-20 NVI. “Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo quanto tenho ordenado a vocês. E lembrem disto: eu estou com vocês todos os dias, até o fim do tempos”.

 

Anderson Resende Barbosa

Bacharelando em teologia FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

UM POVO QUE NÃO TEM HISTÓRIA NÃO TEM FUTURO


FUTURORecentemente, li uma frase que me chamou muita atenção, “Um povo que não tem história não tem futuro” (Irland Pereira de Azevedo). O Diácono Estevão ao ser interrogado sobre o que cria, contou rapidamente a história do povo de Israel, desde Abraão até Jesus (Atos 7 ).

Ele testemunhou de Jesus com coragem, mesmo que isso que custasse a própria vida, narrou a história do povo de Israel que por séculos, em momentos altos e baixo na trajetória tão sofrida foram reconhecidos pelo escritor de Hebreus como homens dignos de confiança ao ponto de serem colocados na galeria da fé.

Desde os patriarcas, até a conquista da terra de Canaã muitas coisas aconteceram, muitos viram a manifestação do poder de Deus, foi um período de conquistas, milagres, sinais e prodígios, mas também houve um momento em que o povo viveu por 400 anos como escravos no Egito.

A história do povo de Deus seguiu, por muitos anos, ora em fidelidade a Deus, ora em total depravação, e sempre o Senhor com Sua infinita misericórdia poupava o povo para um momento especial e singular que era a vinda do Messias.

Outro momento marcante da historia do povo de Israel foi os 400 anos de silêncio dos profetas, onde nesse período surgiram os Macabeus para defender a história do povo de Israel. Esse grupo não permitiu que sua história parasse, apesar da perseguição e da helenização do povo, perseveraram no ensino e mantendo sua história e defendendo a fé que tinham no Deus de Israel.

Surgiu então o momento singular da história do povo de Deus, nasceu o Salvador. O povo que tanto aguardava o Messias, por muitas gerações não o aceitou quando veio e o crucificaram. Conseqüentemente, aqueles que defendiam o legado se serem filhos de Abrão, Isaac e Jacó, não aceitavam o testemunho dos apóstolos, chegando ao ponto de perseguir e matar qualquer um que testemunhasse de Jesus.

Passaram-se 1.600 anos até a reforma protestante, que teve seu ápice com Martinho Lutero, e em seguida a institucionalização do povo chamado BATISTAS. Entendo que no decorrer da história, foram fiéis aos ensinos de Jesus em seguida dos apóstolos. Em determinado período da história como Anabatistas pagaram o preço com suas próprias vidas, devido às grandes perseguições que enfrentaram por não aceitar muitas coisas que não estavam de acordo com os ensinos de Jesus.

Desde a nossa identificação como batistas até hoje se passaram mais 400 anos. Apesar das diferenças teológicas e históricas que os batistas enfrentam, como gerais e particulares, calvinistas e arminianos, temos uma coisa em comum, somos um povo missionário que vem rompendo cortinas de ferro, oceanos e mares, na proclamação do evangelho de Jesus Cristo.

Muitos morreram na missão, muitos outros ainda vão morrer, por causa do evangelho, mas sempre confiantes no Senhor que o nosso testemunho não acaba quando morremos, o nosso sangue testemunhará, assim como Paulo permitiu e autorizou a execução de Estevão, depois reconheceu que o seu testemunho era verdadeiro, também tem acontecido com muitos que antes perseguiam e matavam cristãos, hoje serve ao Senhor da Glória.

Temos de avançar com a mensagem de salvação, desde os grandes centros urbanos, aos povos mais distantes da selva amazônica; dos ricos poderosos, aos pobres mais miseráveis da nossa nação; dos que tem uma vida de total liberdade sem dever nada a ninguém, aos encarcerados que tem uma grande dívida com a sociedade do mal que fizeram; dos que gozam de uma saúde de ferro, aos que estão doentes e outros em estado terminal nos leitos de hospitais.

Conforme estatística no jornal batista somos cerca de 100 milhões em todo mundo, mas isso é pouco para uma população de 6,5 bilhões no mundo todo, onde muitas pessoas nunca ouviram falar de Jesus. Não sei quantos 400 anos ainda teremos até a volta de Cristo. Enquanto isso devemos avançar na pregação da mensagem do reino porque, “A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus” (Rom. 8.19).

 

ANDERSON RESENDE BARBOSA

Bacharelando em Teologia FATEBE/ STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

 

MARGINALIZADOS A ESPERA DA AÇÃO DA IGREJA


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Todos os dias encontramos pessoas nas ruas, nos ônibus, nos sinais, pedindo uns trocados. Alguns chegam ao ponto de até inventar uma história triste, para ter sucesso na arrecadação, afinal  é necessário para sua sobrevivência na rua. Muitos são os motivos pelos quais alguém mora na rua porque foram abusados e maltratados pelos pais, outros porque na rua é mais fácil consumir drogas.

Na maioria das vezes, eles compram drogas ao invés  de comida. A fome é mais fácil de suportar do que a “fissura” pela cola, maconha, craque e outros entorpecentes. A fome pode ser saciada numa lata de lixo dos restos que sobram do almoço e jantar de muitos lares. Mas a droga é “valiosa”; ela não é encontrada no lixo e os traficantes e os usuários por mais ricos que sejam não jogam os restos fora para que outros possam aproveitar, e quando não dá mais para fumar eles comem e nada se perde.

A dependência leva muitas pessoas a fazer coisas absurdas para poder alimentar o maldito vício. Muitos começam pegando as coisas de casa e vendendo ou trocando por drogas, depois passam a roubar outras pessoas, a venderem o próprio corpo e até tiram a vida de outras pessoas porque a necessidade de usar a droga é mais valiosa para eles do que a vida de outras pessoas e até mesmo da sua própria vida.

Essas pessoas vivem em nossa sociedade, mas em uma cultura totalmente diferente, linguagem diferente, embora morando debaixo do mesmo teto dos pais.  Muitos chegam ao ponto de se matarem, porque os que eles estavam procurando não encontraram nas drogas. O que encontraram foi o desgosto, abandono, discriminação, doenças, miséria, vergonha, ao invés de satisfação, prazer, alegria, realização, paz e vida.

Jesus ao contar a parábola das bodas, fala de uma grande festa e que muitos foram convidados para participar, mas no momento da festa todos desistiram e o dono da festa mandou buscar nas ruas e becos da cidade, caminhos e atalhos e traga os pobres aleijados e coxos (Lucas 14.21). Em nosso contexto, seriam as prostitutas, gays, drogados, mendigos. Fico a imaginar uma igreja cheia de pessoas marginalizadas sendo acolhidas, amadas, e devolvidas restauradas as famílias e a sociedade.

Como nos sentiríamos se começássemos a conviver com pessoas de rua em nossas igrejas, um mendigo nos chamando de irmão, nos cumprimentando na rua com a graça e paz no meio de outras pessoas? Um drogado pedindo para ir até a nossa casa para fazer uma oração, uma prostituta ou gay dizendo para as pessoas que agora está freqüentando sua igreja? Você aceitaria?

Como cidadãos do reino de Cristo e participantes da sua igreja, temos que dar respostas a essas situações que estão patentes aos nossos olhos todos os dias.

Anderson Resende Barbosa

Bacharelando em teologia FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

ABRINDO AS ALGEMAS COM O PODER DA PALAVRA


presidoConfiado na palavra de Deus, onde o apóstolo Paulo diz: “Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1:6). O Senhor nosso Deus abriu uma porta para que pudéssemos testemunhar do seu amor Jesus no presídio de segurança máxima do Estado do Pará.

O lugar é assustador! Confesso que tive medo quando entrei pela primeira vez. Foi-nos dada uma sala para podermos pregar a palavra de Deus. Enquanto aguardávamos os presos, fiquei pensando até que ponto o pecado leva o homem, e imaginando que esse ainda não é o lugar final em que o diabo quer ver as pessoas que Deus criou com tanto amor.

Quando os presos chegam, as algemas deles são tiradas e nós ficamos presos junto com eles em uma cela grande para realizarmos o culto. No começo muitas coisas se passaram pela minha cabeça, pois sentia muito medo e insegurança. Mas estávamos ali para abrir outro tipo de algemas que não podiam ser abertas pelas chaves dos carcereiros, mas, somente pela palavra de Deus.

Temos visto Deus agir. Pessoas tendo suas vidas totalmente regeneradas pela palavra de Deus. Nesse mês de outubro completamos um ano que estamos indo todas as semanas no presídio para falar das boas novas da salvação, e muitos têm se convertido ao Senhor Jesus e sendo transformados pelo poder da palavra.

Peço encarecidamente, aos irmãos que intercedam por estas pessoas que carecem do perdão de Jesus. Muitos não conseguem sair da prisão, estão em constante perigo, e a qualquer momento podem ser surpreendidos por outro detento e ser morto.

Amados, esses detentos convertidos estão fazendo a obra de Deus naquele lugar. Pessoas que mataram, roubaram, e fizeram outras coisas que as pessoas fazem dominadas por satanás, hoje estão sendo discípulos de Cristo, verdadeiros missionários. Eles estão pagando pelo crime que cometeram, e conseqüentemente, sendo instrumentos usados por Deus para levar a palavra de salvação.

Esses missionários têm gerado “Onésimos”, livrando-os da escravidão do pecado. Eles precisam de apoio e oração. Devemos vencer o preconceito, o medo, o orgulho e fazermos alguma coisa para que essas pessoas consideradas indignas pela sociedade saibam que Cristo morreu por elas. O Senhor nos diz na sua palavra que veio buscar e salvar os que se haviam perdido. Eu creio, e tenho visto isto a cada dia.

 

ANDERSON RESENDE BARBOSA

Bacharelando em Teologia (FATEBE/STBE)

Pr.andersonbarbosa@gmail.com      

A RESPONSABILIDADE É DA IGREJA


FOME

O evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo é transformador, que liberta e salva da escravidão do pecado. O Senhor Jesus ensinou muito bem como fazer em João 8.10-11. É muito fácil condenar, jogar pedras, e discriminar tais pessoas. A igreja foi instituída para fazer o mesmo que o mestre ensinou, dando oportunidade as pessoas para terem suas vidas transformadas. Diante disso, é necessário que as igrejas abram mão de algumas coisas, que quebre alguns paradigmas, vença os preconceitos, e saia das quatro paredes para fazer algo para mudar a realidade da nossa nação.

Temos que tomar atitudes com relação às mazelas que nos cercam. Não podemos, ficar de braços cruzados. Temos que dar o último suspiro pregando a palavra de Deus, como fez Estevão, que mesmo debaixo de um monturo de pedras, clamou pelos perdidos. Nós os batistas somos um povo missionário, e não devemos deixar a peteca cair jamais. Devemos fazer jus a esse nome “Batista”.

Não podemos perder o foco das escrituras e o propósito de Deus para a igreja, que é de resgatar as pessoas da escravidão do pecado. Nosso objetivo maior não deve ser os mega templos, mas pessoas resgatadas para o reino de Cristo. Não devemos priorizar mais as construções, bens móveis e imóveis do que a restauração de vidas. Não devemos deixar que o que vale a pena mesmo de fato, seja esquecido, pois para Deus uma alma vale mais que o mundo inteiro.

Temos que investir na obra do Senhor, na libertação das pessoas que estão dominadas pelo pecado a ponto de aliciarem seus próprios filhos, para que crianças não passem mais pela humilhação de terem que se prostituir para colocar comida dentro de casa.

Nós podemos fazer diferença! Louvamos a Deus porque muitas igrejas têm agido dessa forma, investindo na vida das pessoas, em projetos sociais e evangelísticos, Precisamos de mais igrejas, de todas as igrejas abraçando essa causa do reino e conseqüentemente as pessoas serão lavadas e redimidas pelo sangue do cordeiro. Porque nossa visão deve estar focada na vida das pessoas e não nas coisas.

Anderson Resende Barbosa

Faculdade Teológica Batista Equatorial

pr.andersonbarbosa@gmail.com

PORQUE NÃO PODEMOS DEIXAR DE FALAR DO QUE TEMOS VISTO E OUVIDO (Atos 4.20)


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No Brasil há muitas pessoas morrendo de fome, a educação tem deixado a desejar, a saúde é um caos e diante de tantas dificuldades e de necessidades urgentes, o governo tem investido bilhões de reais em aviões de guerra, um investimento alto e por longo tempo, e não há dinheiro para diminuir a fome do nosso País.

O indivíduo pode estar passando fome, com uma tremenda dor de cabeça ou qualquer outro problema seja pessoal ou familiar, mas sempre a resposta será “está tudo bem!”. É uma questão cultural, começando pela nossa saudação, “Como você está? Tudo bem?” A resposta sempre é positiva.

Isso tem refletido para dentro da igreja. É melhor dizer que está tudo bem, do que admitir que não esteja bem, porque é feio, vergonhoso, e humilhante. Algumas igrejas têm um grande poder aquisitivo e se fecharam para as necessidades urgentes dos necessitados e perdidos, outras não conseguem desenvolver um bom trabalho devido à falta capacitação e recursos financeiros.

Há um grande número de igrejas sem pastores, outras com pastores que necessitam de um trabalho secular para sustentar suas famílias, e não podem dedicar seu tempo à igreja.  Temos uma necessidade grande de avançarmos com o evangelho, mas não temos forças. Muitas vezes estamos presos a sistema de regras, conceitos e preconceitos sem falar na burocracia. E dizemos “está tudo bem!”.

Como batistas temos metas a alcançar. A proposta da JMN (Junta de Missões Nacionais) é abertura de mais cinco mil igrejas. Os vocacionados estão nas igrejas e precisam ser enviados para o seminário para assumir essas igrejas ou então as pessoas que forem alcançadas serão pescadas no nosso “aquário”. Precisamos nos mobiliar urgentemente para que possamos ser uma denominação cada vez mais unida, cooperadora e cada vez mais envolvida em missões.

Temos uma grande dificuldade com relação às mudanças ou reformas.  Enquanto estivermos conseguindo empurrar com a barriga, na base “jeitinho”, tentaremos avançar um pouco mais. Pergunto, então, as nossas igrejas batistas: Como vocês estão? Vamos mudar? Mudaremos a forma de ser igreja centrada no templo, e seremos envolvidos com a sociedade, para fazer diferença no bairro, na cidade, no estado e no país?

Anderson resende barbosa

Bacharelando em teologia FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

Grandes coisas fez o Senhor por nós…


BatismoGRANDES COISAS FEZ O SENHOR POR NÓS; POR ISSO, ESTAMOS ALEGRES (SALMO 126.3).

A Congregação Batista no Icuí-Laranjeiras, Ananindeua-Pa, comemorou seu 14º aniversário nos dias 29 e 30 de agosto, momentos marcado por “alegria e dor”. As palavras faltam quando tento expressar o que senti, revivi momentos de grande alegria e também de profunda tristeza da minha vida. Ao pensar que isso faz parte do ministério, só tenho que clamar a Deus que me dê forças para poder fazer o melhor para a Sua Glória.

A igreja vibrou de alegria no sábado à noite pela conversão de uma irmã que há muitos anos o seu esposo vinha orando pela sua decisão que finalmente aconteceu para honra e Glória de nosso Senhor Jesus Cristo. No domingo pela manhã realizamos o batismo de seis pessoas, em que, testemunharam para todos que estavam morrendo para o mundo e vivendo para Deus, e a noite, tivemos a mensagem do Senhor falando aos nossos corações e também o momento de comunhão e celebração da ceia do Senhor. Em meio toda essa programação clamávamos ao Senhor pela vida dos enfermos da nossa igreja, e principalmente pela vida do irmão Walmir Silva Leite, pai de uma das adolescentes que foi batizada.

Tínhamos a esperança de que o amado irmão se recuperasse de sua enfermidade e que estivesse juntamente com sua família na igreja louvando a Deus. Porém, ao término do culto, recebemos a ligação do hospital anunciando o seu falecimento.

Aos 36 anos de idade partiu para a Glória nosso amado irmão Walmir, deixando a esposa, duas filhas. Nesses dias vimos Deus salvando vidas, chamando ao arrependimento, e mostrando o seu amor. Outras sendo batizadas e anunciando que estavam morrendo para mundo e vivendo para Deus, e também a partida do nosso amado irmão para junto do Pai.

Em tudo daí graças.

Pastor Anderson Resende Barbosa.

Congregação Batista Icuí. Ananindeua-Pa

RESUMO DAS EPISTOLAS JOANINAS


STOTT, John R.W. As epístolas de João, Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1ª Edição. 2006

Considerando John Stott, autor de vários livros, que tem contribuído muito com seus escritos para a formação de pensamentos e conhecimento da palavra de Deus. Propõe em seu comentário das epistolas de João dirimir todas as dúvidas com relação a essas cartas, apresentando através de acurada investigação sobre os escritos Joaninos, assim denominados, todas as idéias levantadas sobre a autoria, mensagem, e propósito das cartas. Percebe-se que as epístolas Joaninas são diferentes de outros livros, exceto Hebreus, visto que essas cartas não revelam o nome de seu autor. Observa-se que quem escreveu a primeira carta denominada de I João, também, não fez nenhuma saudação introdutória. Entende-se, que a carta fora destinado a um grupo de pessoas muito querida pelo autor devido a sua forma de tratamento. O modo como esse grupo de pessoas é tratado deduz-se que havia um grande sentimento em relação a eles. Ainda, pode-se dizer que é uma carta de mensagem genuinamente pessoal, dirigida a um grupo de pessoas a quem João amava muito, e no momento ele precisava resolver uma situação particular dos irmãos. Stott se favorece então das evidências externas para poder atribuir essas cartas ao apóstolo João. Principalmente, no caso da primeira epístola, são diversos escritos que fazem referências aos textos Joaninos, onde os autores o atribuem a João. Em meados do segundo século, foi feito a primeira referência do texto de João por Papias de Hierápolis. Também, foi citada por Irineu de Lião (cerca de 130-200), Clemente de Alexandria; Tertuliano; Orígenes de Alexandria; O Cânon de Muratori; Cipriano, bispo de Cartago, em meados do terceiro século. Quanto a segunda e a terceira epístola, usa-se, da mesma evidência externa para poder mostrar que são de autoria Joanina, apesar de não serem tão fortes as evidências como da primeira carta. Embora, sejam poucas as evidências, todavia, é o suficiente para afirmar que se trata de João. A primeira citação definida ocorre em Irineu (Adversus Haereses iii.16.3,8), também a segunda carta é citado por Eusébio referido a “a santa igreja” e por fim a aceitação de que seriam escritos de João foi definido em Jerônimo que diz que as duas epístolas mais curtas eram atribuídas a João o presbítero, idéia essa que fora depois confirmada também por Erasmo. Percebe-se que as evidências externas apresentadas acima, não são suficientes para muitos estudiosos do assunto para definir se as cartas são de autoria joanina. Apropriam-se do propósito do evangelho e fazem comparações com as epístolas, e assim apresentam várias formas de discursos que segundo eles são contraditórias ao evangelho de João. Diante dessas considerações Stott afirma que não se pode fundamentar uma teoria de autoria diferente baseado na ênfase das cartas, visto que as cartas foram escritas em tempos diferentes e também para ambientes diferentes. O evangelho de João fora escrito para pessoas incrédulas com propósito de mostrar os feitos de Cristo Jesus e que crendo eles pudessem ter a vida eterna. E as epistolas foram escritas para pessoas crentes, com o objetivo de aprofundar a fé deles e dar-lhes a certeza da salvação. Nota-se isso a partir dos temas. O tema do evangelho é: “Jesus é o Cristo”, e das epístolas “o Cristo é Jesus”. Ao trabalhar diretamente o texto bíblico da primeira carta Stott diz o principal objetivo é a proclamação apostólica do evangelho, baseando-se na preexistência eterna, na manifestação histórica, na proclamação autorizada, na co-participação comunitária e na alegria que era completada através da certeza da vida no céu. João retoma as idéias escritas no evangelho o que era desde o principio, tanto a referência da apresentação de Jesus como o verbo como o princípio de todas as coisas. A mensagem das epístolas vai fundamentar na certeza que o cristão deve ter segurança e conhecimento de uma religião verdadeira e confiável. João escreve aos seus contemporâneos que também é valida e aplicável para os dias de hoje, afirmando que Cristo não mudou sua mensagem, também não mudou a alerta contra o gnosticismo que era ferrenho no primeiro século, e que perpassa para os dias atuais. Outra mensagem das epistolas é a certeza da vida eterna. Depois de uma apresentação de quem é Cristo e a certeza de que não se tratava somente de uma pessoa normal, mas do Messias prometido, João coloca o fundamento da fé dizendo a respeito do conhecimento de Cristo, a permanência nEle, e ele em nós, e assim essa pessoa passa ser de propriedade exclusiva de Deus, e que no momento dessa aceitação do senhorio de Cristo o homem conforme ele diz, já passou da morte para a vida. Percebe-se que João apresenta ao povo um advogado agindo de forma totalmente atípico, onde ele não defende que o homem é inocente, mas, sobretudo se coloca no lugar de objeto de propiciação ou expiação. O propiciador poderia muito bem usar outro meio para a expiação do pecado, e no caso apresentado por João, Jesus faz dele próprio a oferta propiciatória. O sentido deste termo propiciação significa “satisfação” onde ele mesmo paga com sua própria vida a ira de Deus sobre a humanidade. O problema estava presente no meio dos cristãos, o pecado, a imoralidade, a ética, sobretudo a idolatria. Stott observa que essa idolatria pode ser tanto entendida no sentido comum da palavra, ou também sendo referência as ilusões dos sentidos em oposição à realidade última, onde estaria sendo formulada e ensinada que Jesus não era Deus pelos falsos mestres no qual João adverte os irmãos. Na segunda epístola Stott observa que era costume dos gregos iniciarem uma carta com saudações e apresentações, e o autor faz a apresentação, porém não com o nome pessoal, mas com o seu título de presbítero, visto que seus leitores o reconheciam e saberiam sem nenhuma dúvida de quem se tratava. A carta é endereçada a “senhora eleita”. Há duas linhas de pensamento, visto que alguns pensam ser uma pessoa e outros pensam ser a uma igreja. Portanto a mais provável seja a igreja, visto que a linguagem de João não é apropriada para uma pessoa real. A personificação feminina para se referir à igreja é muito normal em toda a escritura, e assim Stott afirma que essa personificação refere-se a uma comunidade cristã. A mensagem de João focaliza o ensino do relacionamento da igreja com os irmãos e também com os que não pertenciam à igreja, e alertando a igreja a respeito do perigo doutrinário daqueles que não faziam parte daquele grupo específico. Muitos heréticos estavam espalhando seus ensinos errados e João preocupa-se em mostrar novamente àquela igreja a prática do amor e da verdade. A terceira epístola de João é mais pessoal, pois o seu destinatário é Gaio o qual o evangelista por várias vezes expressa o seu amor pelo o qual ele o chama também de amado. A epístola é uma correspondência particular dirigida a um irmão chamado Gaio. Este nome era bastante comum naquela época. Temos sua ocorrência em At.19.29, At.20.4, Rm.16.23, I Cor.1.14, além de III João. Contudo, tais passagens não se referem sempre à mesma pessoa. Gaio e Demétrio são apresentados como cristãos fiéis (vs.3-6,12). Diótrefes é visto como ambicioso, estava na liderança, contudo João não o reconhece como tal. O apóstolo diz que Diótrefes “gosta de ter entre eles a primazia.” (v.10). Ele gostava de ser líder, contudo não era vocacionados para aquele trabalho. Visto que recusava dar acolhida aos irmãos ministros itinerante. A preocupação de João era que Gaio não seguisse o exemplo de Demétrio. João alerta para que ele não imitasse o que era mau, senão o que era bom. O autor em sua obra consegue alcançar todos os seus objetivos, mostrando que as epístolas Joaninas como todo, tem o propósito de ensinar sobre os falsos ensinos que surgiam diariamente no meio dos cristãos, levando os amados irmãos a terem uma verdadeira conduta. Tendo como princípio a prática do amor, que João diz que mandamento de Deus para a igreja. Alertando os leitores sobre os falsos mestres e enganadores que surgiriam no meio da igreja, ensinando a humildade e reprovando o orgulho como exemplo de Demétrio que queria exercer a primazia na igreja, o qual João afirma que tal prática não condiz com atitudes de um verdadeiro cristão. Recomenda-se essa obra a todos que pretendem ter um conhecimento mais profundo sobre as epístolas Joaninas.

PASTOR ANDERSON RESENDE BARBOSA

Prega a Palavra: passos para a pregação expositiva


LACHLER, Karl. Prega a Palavra: passos para a pregação expositiva/Karl Lachler; tradução Robinson Malkomes. São Paulo: Vida Nova, 1990. (pg.129).

Dr. Karl Lachler, é colaborador e conferencista na Aliança Bíblica Universitária, casado com Margarete, e atualmente estão morando em Michigan. Ele lecionou na Faculdade Teológica Batista de São Paulo durante 18 anos, também foi missionário no Brasil por 32 anos. Ele objetiva em seu livro destacar a importância da pregação expositiva.

Percebe-se que não é a retórica que faz com que a pregação quebre as barreiras entre Deus e a pessoa que estão ouvindo a mensagem, mas é Jesus que concede vida à mensagem, trazendo uma mudança na vida das pessoas, entretanto, é necessário que as pregações sejam expostas de forma que as pessoas possam entender claramente a respeito de Jesus. Desta forma, não há nenhuma necessidade que o pregador mude o tom de voz, e a personalidade quando estiver expondo a palavra de Deus.

Entende-se que nos dias atuais é muito difícil expor a palavra de Deus, para isso é necessário ter uma exigência muito grande de quem irá expo-lá, é necessário que se tenha dedicação, e também convicção de que a Bíblia é de fato a palavra de Deus. O objetivo da mensagem expositiva é levar maturidade espiritual para a igreja, para isto deve-se utilizar as ferramentas culturais que os brasileiros têm.

Na filosofia teológica, a palavra de Deus é transmitida pelo arauto através da palavra revelada a ele, neste sentido o pregador que transmite a mensagem de forma fidedigna às escrituras, o ouvinte experimenta a iluminação divina. “A palavra de Deus escrita em linguagem humana, adéqua-se às nossas faculdades cognitivas naturais e espirituais”. (p.33).

Percebe-se que o sentido fundamental da exposição, é extrair da palavra de Deus aquilo que parece obscuro, e tornar acessível o entendimento da idéia explanada. Portanto essa explanação não deve ser um improviso casual, onde o pregador vagueia pelos versículos. Na exposição da palavra quem deve falar é Deus, e não a invenção do pregador, desta forma fica mais difícil a criação de heresias pelos pregadores. “A exposição da palavra de Deus através dos livros da bíblia é uma das melhores instruções teológicas que um pastor pode dar a si mesmo e, depois, a seu povo”. (pg.59).

Entende-se que o preparo do sermão leva tempo, estudo, e análise nas línguas originais, e quanto mais o expositor se dedicar no conhecimento dessas línguas mais recursos terá no preparo de um bom sermão. O pregador tem de trabalhar o contexto histórico e cultural do livro que se está sendo pregado. Percebe-se que é necessário fazer uma definição dos parágrafos da pregação, e o amor pela palavra de Deus resultará numa pregação expositiva inteligente.

O pregador precisa estar familiarizado com o texto, fazer uma análise dos originais do texto a ser exposto de forma indutiva, para chegar a uma conclusão mais ampla e geral, e através desses conceitos. Também é preciso que o pregador tenha uma boa percepção para elaborar a tese e a proposição, entendo que a proposição é o coração do sermão, é a contextualização que vitaliza a forma e o conteúdo do sermão. Entende-se que um bom sermão deve ser bem dividido, e que cada parte deve ter uma palavra chave, que corresponda ao assunto central do parágrafo. Conclui-se que para falar da Bíblia, deve extrair dela a mensagem, uma vez que se entende que ela é a palavra de Deus.

ANDERSON RESENDE BARBOSA


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Missões


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A Junta de Missões Nacionais está com um tema desafiador. “Por Ti, darei minha vida”. Esse tema lembra o hino do cantor cristão, “Tudo entregarei! Tudo entregarei! Sim por ti Jesus bendito, tudo deixarei!” (nº 295).

O pastor Samuel Moutta, pregou no encontro Desperta pelo Brasil realizado na PIB do Pará e enfatizou bem o tema. Várias pessoas foram até a frente dizendo que estavam dispostas a darem suas vidas por missões.

No momento de testemunho o pastor Fabio, missionário da Junta de Missões Nacionais que desenvolve o ministério no Rio de Janeiro, falou dos desafios de pregar a palavra nos morros dominados pelos traficantes. Mesmo diante das dificuldades e perigos relatou sobre almas que estão sendo ganhas para Jesus. Interessante que ao falar isso todos que estavam ali reunidos falaram em alto e bom som como é de costume, o conhecido “amém!”, o pastor no mesmo instante retrucou. “Amém nada! vão subir o morro também”.

Quando Jesus convocou a multidão e os discípulos para O seguir, disse que deveriam negar a si mesmo, tomar a cruz, e segui-lo (adaptado Mc 8.34). A ida para Jerusalém muitos que seguiram a Jesus passaram por momentos de decisões importantes e marcantes em suas vidas. Percebe-se que ao assumir compromisso de “dar a vida”, é estar disposto a “subir o morro também” e foi isso que Jesus colocou para os seus discípulos.

Negar a si mesmo. Isso implica em submissão ao Senhorio de Cristo. Nesse ponto é onde muitos têm dificuldades, pois não estão dispostos a obedecer. O exemplo claro percebe-se em Pedro, no momento em que corria risco de vida, preferiu negar a Cristo. Muitas das vezes quando as pessoas são desafiadas a mostrar verdadeiramente o amor por Cristo, elas O negam. Isso sempre foi difícil, por exemplo, o povo do Antigo Testamento que tinha experimentado todo o tipo de manifestação da presença de Deus, sendo de libertação, conquistas, cumprimento das promessas, outrora feitas, mesmo assim, não quiseram se submeter ao senhorio de Deus.

Tomar a cruz. Significa estar disposto a sofrer pelo evangelho. É dizer para o Senhor Jesus que ele é o dono da sua vida, e que você está disposto tomar a cruz e pagar o preço de dar a vida para que outras pessoas também conheçam a Jesus e sejam libertas do pecado. Ao contrário de muitas religiões tem ensinado, a palavra de Deus nos diz que importa que soframos pelo evangelho. Os ensinamentos de Jesus não foram meras palavras, mas foi prática, vida integrada, no preparo de seus discípulos para poderem suportar as dificuldades que teriam no decorrer do ministério.

Siga-me. Seguir a Cristo implica em fazer escolhas. Nossas escolhas nos dizem a quem nos submetemos. “Por Ti, darei minha vida” é uma escolha. Nessa mesma jornada aparece o jovem rico querendo justificar através da obediência a lei o direito de herdar a vida eterna, porém, Jesus diz que ele precisaria vender tudo dar aos pobres e segui-lo. O jovem fez sua escolha, a princípio o seu desejo era herdar a vida eterna, mas as outras coisas pesaram mais para ele. Fazer missões é se doar.

Anderson Resende Barbosa

Faculdade Teológica Batista Equatorial

pr.andersonbarbosa@gmail.com

Juventude Batista


jornal batistaO que o jovem pensa da igreja? Você sabe?

FÁBIO AGUIAR LISBOA *

Editor de OJB

Um dos grandes desafios dos batistas brasileiros no atual momento é o trabalho com a juventude. É comum ouvir pastores relatando a dificuldade de envolver as novas gerações na igreja. Esta é uma realidade preocupante, principalmente quando se pensa na renovação da liderança da denominação. Infelizmente, não é exceção encontrar igrejas nas quais os postos de comando sejam apenas ocupados por indivíduos de idade mais avançada, sem uma participação ativa dos membros mais novos.

Geralmente, quando se pensa nesta questão a discussão gira em torno da necessidade, ou não, de a igreja se adequar no campo estético – entenda-se   aqui aspectos litúrgicos e de costumes – às demandas das novas gerações.

Entretanto, uma pesquisa sobre a religiosidade do jovem brasileiro elaborada pelo instituto alemão Bertelsmann Stifung dá indícios de que esta discussão não está sendo feita no nível correto, pois a igreja não deveria estar tão preocupada com sua forma, mas sim com o seu conteúdo, uma vez que o mesmo, muitas vezes, não tem sido relevante para a juventude.

A primeira informação retirada desta pesquisa – que foi realizada em 2007 com 1.000 pessoas com mais de 18 anos das cidades do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte, de Curitiba, de Porto Alegre, de Salvador, de Recife, de Fortaleza e de Belém –  é que o jovem brasileiro é o terceiro mais religioso do mundo (quando se fala em religiosidade aqui não se está limitando apenas ao cristianismo evangélico), ficando atrás apenas dos nigerianos e dos guatemaltecos.

Porém, o trabalho do Bertelsmann Stifung também evidencia uma situação que é, no mínimo, inquietante: apesar de 95% dos brasileiros de 18 e 29 anos se dizerem religiosos e 65% afirmarem que são profundamente religiosos, apenas 35% disseram viver de acordo com os preceitos religiosos.

Este diagnóstico parece indicar que a juventude atual, ao contrário do que muitos afirmam, está muito desejosa de uma experiência com o divino. Porém, este mesmo grupo não considera tão importante uma filiação religiosa, ou a uma igreja.

E no universo batista, como se dá esta relação da igreja com a juventude? Com este questionamento em mente, OJB conversou com alguns jovens e líderes de jovens batistas do Brasil.

Visão sobre a igreja

Algo que logo fica claro quando se conversa com os jovens batistas é que os mesmos veem a igreja como algo importante em sua experiência de fé. Segundo Rosângela da Silva, de 24 anos e que mora no Rio Grande do Sul, a igreja tem um papel singular na experiência de fé do cristão, pois ela o “ajuda a seguir o caminho de Jesus”.

Opinião semelhante tem Raiza Moraes, de 19 anos e que é do Pará: “A igreja sempre foi fundamental para meu crescimento espiritual, pois lá eu obtenho ensinos verdadeiros a respeito de Deus, lá algumas sementes são plantadas para que eu as cultive na minha relação pessoal com Deus”.

Entretanto, nas entrevistas realizadas também foi possível constatar outra percepção com relação à igreja. Segundo alguns jovens, em inúmeras oportunidades esta instituição peca por nem sempre estar aberta para trabalhar questões que são fundamentais para o dia-a-dia deles.

Na opinião de Daniela Kommers, de 31 anos e que mora no Rio Grande do Sul, muitas igrejas ainda não oferecem “estudos e espaços para preparar e desenvolver os jovens para enfrentarem a realidade do ambiente de estudo, do trabalho e da sociedade na qual eles convivem hoje”. Segundo ela, “mais importante do que a igreja dar respostas prontas é preparar os jovens no conhecimento da Palavra, nos valores propostos por Deus, o que realmente é uma vida dentro daquilo que Deus propôs”.

Quem também não vê a igreja tão voltada para os dilemas do dia-a-dia dos jovens é Francisco José Gomes, de 23 anos e que mora no Pará. Na realidade em que vive, ele afirma que são poucas as igrejas que se preocupam de forma profunda com esta questão: “Isto talvez aconteça porque ainda há uma distância no relacionamento da igreja com as novas gerações”.

No entanto, muitos são os jovens que creem que a igreja tem o potencial de ser mais significativa na vida das novas gerações, como é o caso de Rodolfo Dhein, de 27 anos e que mora no Rio Grande do Sul: “Creio que a igreja tem a ferramenta para isto, que é a Bíblia e o exemplo de Cristo. Vou além: se a igreja vivesse tudo que a Bíblia instrui e com um relacionamento integral com Deus, ela seria a resposta para todos os problemas enfrentados pelas pessoas. Eu acredito que ela foi criada para ser uma resposta de Deus para os problemas da humanidade. O que atrapalha isto é o pecado e as distorções de entendimento quanto a sua função e motivo de existir”.

Valorização de um Deus pessoal

Em contraponto a esta visão crítica com relação à igreja, o jovem atual tende a valorizar muito uma relação pessoal com Deus. A pesquisa do Bertelsmann Stifung salienta esta tendência ao verificar que 71% dos jovens brasileiros concordam totalmente com a afirmação de que há um Deus que se preocupa com cada ser humano de forma pessoal.

Para Raiza, este relacionamento é motivado pelo desejo de encontrar as respostas para os desafios diários: “Eu acredito que os maiores dilemas dos jovens hoje são encontrar paz, felicidade, segurança, cuidado, amor e o propósito de sua existência. No entanto, os jovens querem encontrar a ‘coisa’ errada no lugar errado, ou seja, buscam uma falsa paz nas drogas, querem achar uma falsa felicidade em riquezas, e por aí vai. É um ciclo vicioso. Por outro lado, o jovem cristão tem em sua fé a plenitude de todas as coisas. A partir do aperfeiçoamento da sua relação com Deus todos esses dilemas têm fim, pois têm em Deus a paz verdadeira e a alegria eterna”.

A partir da visão crítica com relação à igreja e a valorização de um Deus pessoal, torna-se cada vez mais comum a percepção de que a vinculação a uma igreja, apesar de ser algo desejável, não é algo necessário.

Este é o caso da carioca Talita Maia, de 21 anos, que, apesar de ter sido criada em uma igreja batista e participar de algumas atividades dela, não se vincula mais a uma denominação evangélica específica. “A igreja somos nós, não é uma instituição. Pode vir a se organizar desta forma. Entretanto, não é esse o foco. Não é isso que é a igreja. A instituição é um meio para a igreja agir, tornando o corpo maior”, declara.

Opinião semelhante tem a gaúcha Rosângela, que diz que é possível uma experiência saudável de fé fora do âmbito da igreja: “A igreja é uma ferramenta para poder fortalecer a nossa fé, tanto quanto a comunhão com nossos irmãos em Cristo Jesus. Porém, a igreja não pode ser o nosso alicerce de fé, mas sim Deus, através de seu filho Cristo Jesus, que é o Senhor e Salvador de nossas vidas. Ele sim é o nosso alicerce e assim podemos presenciar o seu agir em nossas vidas, através do seu Espírito Santo. Um exemplo que lembro em relação a esta pergunta é um comentário que escutei no meu pequeno grupo. ‘Imagina se derrubassem todas as igrejas? Ninguém mais teria fé? Ninguém mais acreditaria que Deus existe?’”.

Futuro dos batistas

Em meio a tantos questionamentos uma pergunta surge. Qual a percepção do jovem batista sobre o futuro da denominação? As respostas não são uniformes, e vão desde a expectativa de dias melhores até previsões preocupantes.

Para Mônica Padilha, de 17 anos e do Pará, mesmo diante de novas doutrinas que surgem, ela acredita que no futuro “a igreja batista se manterá em seus princípios, como vem se mantendo nesses últimos anos, apesar de adaptar-se ao tempo que estamos. Desta forma a denominação continuará com os mesmos valores com os quais principiou”.

Previsão mais negativa tem o paraense Francisco José, de 23 anos: “Para ser sincero, o que tenho percebido não é muito agradável. Porém, se permanecer como está irá desaparecer. Todavia, devemos modificar as formas, porém não o conteúdo. Pois há mais costumes e tradições nas igrejas do que a Palavra de Deus. Há mais preocupação com costumes e tradições do que com o próximo”.

Já Rosangela, do Rio Grande do Sul, tem uma perspectiva mais equilibrada e afirma: “Acredito que o futuro da igreja batista seja ter uma mente cada vez mais aberta para poder aceitar e acompanhar tanto a evolução tecnológica como todas as possibilidades e situações que o ser humano, cristão e não cristão, possa vivenciar diariamente. O papel da igreja batista deverá ser interagir com todo o tipo de pessoas e ajudá-las, independente de quem for, conforme o próprio Cristo faria”.

E os líderes, o que pensam?

Diante este turbilhão de ideias e percepções qual tem sido a resposta dos líderes de jovens cristãos? Para o pastor de jovens da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo (SP), Fabrício Cunha, a pesquisa do Bertelsmann Stifung acerta em cheio ao afirmar que a sociedade brasileira é alicerçada na religião: “A espiritualidade está na nossa gênese. Fomos formados a partir de uma mistura da religião católica da Península Ibérica, das religiões afro que vieram com os escravos e do protestantismo de imigração e de incursão. A sociedade brasileira é religiosa por inteiro e isso afeta diretamente o substrato dos jovens”.

No entanto, ele diz que no contexto atual a religião se tornou apenas uma das facetas da vida do jovem: “A questão é que a religião é um fator da fenomenologia social e não do cotidiano íntimo. É muito comum qualquer jovem dizer que é religioso, que acredita em Deus e que até frequenta algum ambiente religioso para expressar a sua fé. Entretanto, muitas vezes isto não tem desdobramentos no cotidiano. Numa cultura despartamentalizada, a religião é um dos departamentos naturais da vida do jovem brasileiro, exercendo pouca influência em sua ética e moral. É muito comum ouvirmos comentários como ‘religião é religião, vida é vida’ ou ‘não misture religião com isso’”.

Já o pastor Elthom Sá, que atua com a juventude da Primeira Igreja Batista em São Paulo, chama a atenção para o fato de que muitos jovens se relacionam com Deus não por entenderem que é o melhor para eles, mas como uma forma de resposta aos anseios dos pais: “Muitos jovens e adolescentes são religiosos porque os pais os obrigaram quando crianças. Então seguem tradições familiares, mas não sabem exatamente o que a Bíblia diz em relação ao comportamento e ao pecado. Outro motivo que faz com que sejam religiosos é o medo de Deus. Em muitos casos Deus é revelado como um ‘velho ranzinza’ que ao menor sinal de erro do ‘fiel’ mandará o pior castigo do mundo. Não têm a imagem de um Deus de amor e perdoador. Por isso muitos o seguem por medo de serem castigados ou amaldiçoados”.

Para o pastor Fabrício, para trabalhar em meio a este contexto a igreja deve tomar algumas atitudes: “A primeira é manter a sua pregação fiel aos princípios cristãos. Temos a tendência ao arrefecimento quando começamos a perder campo para a sociedade. Mas precisamos contextualizar todo nosso conteúdo de forma que seja apresentado como uma proposta de vida e não de segmento. A re-significação dos conceitos fundamentais da fé cristã é urgente. Lembrando que re-significar não é inventar um novo conceito, mas traduzir o mesmo conceito para esse tempo”.

Além disso, o pastor Elthom afirma que é necessário fazer com que o jovem entenda que a vida cristã é uma escolha particular e que deve ser vivida com alegria. “Não tem como ser salvo por meio da escolha dos pais. A escolha é de cada um. Não adianta vir a igreja para agradar aos pais. Isto não leva ninguém ao céu. Quando o jovem tem esta consciência fica mais fácil dele se envolver com as coisas da igreja e de Deus sem ser por obrigação. Em segundo lugar, é necessário mostrar para eles o Deus que a Bíblia nos ensina. Muitos pais, por não terem argumentos de dizer um não a algo que querem negar, colocam a ‘culpa’ em Deus. Dizem que não podem dançar porque Deus não gosta, e tantos outros exemplos. Se não querem que o filho faça algo, que assumam a responsabilidade de dizer o ‘não’. Assim fazendo, contribuem para que a imagem de Deus não seja distorcida. Penso que os jovens viriam por amor e não por culpa ou medo”, afirma.

Enfim, a percepção de todos é que a igreja deve se transformar, mas sem deixar de lado seus princípios, de forma que se torne um lugar que melhor acolhimento para os mais jovens.

“Caso não mudemos algumas formas de colocarmos os princípios bíblicos em prática podemos perder muitos jovens para as comunidades que vêm surgindo com um enfoque mais jovem e mais inclusivo. Precisamos entender o que é forma e o que é princípio na Bíblia. Sou batista desde que nasci e minha família é quase toda batista. Sou filho, neto, sobrinho, primo de pastores batistas. Amo ser batista, e o sou por princípios, os quais concordo e penso serem os mais coerentes biblicamente falando. Entretanto, as vezes confundimos o que são apenas ‘formas de se fazer’ e os transformamos em princípios e não queremos alterá-los. Sem negociar os princípios da Bíblia, precisamos encontrar uma maneira de os transmitir para as novas gerações. De outra forma, seremos apenas uma lembrança no futuro”, conclui o pastor  Elthom.

* Colaboraram Rakel Dhein, Raquel Zarnotti, Anderson Barbosa e Francisco Helder.

Matéria originalmente publicada na edição de 16 de agosto de O Jornal Batista (www.ojornalbatista.com.br).


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PASTORES


ist1_3399645-shepherdOS DESAFIOS DO PASTORADO PARA UM JOVEM

Quando entrei pela primeira vez em uma igreja batista eu tinha 13 anos de idade, não foi por falta de uma igreja, porque havia uma ao lado da escola onde estudei o primário. Todos os dias eu estava ali, ao lado da igreja, e aos domingos passávamos também por lá para ir tomar banho no rio.

Lembro como se fosse hoje, um dos momentos mais esperado da viajem de casa até o rio, era quando íamos passando em frente à igreja, pois fazíamos maior “algazarra” gritando “aleluia, glória a Deus irmãos” com zombaria, coisas que os ímpios fazem.

Não sei qual era a reação dos irmãos, eles nunca falaram, mas de uma coisa tenho certeza, eles oravam muito por nós. Cerca de quatro anos depois, todos da minha família estavam naquela humilde congregação, louvando, cantando e adorando ao Senhor.

Fui o último da família a aceitar a Cristo, pois me considerava um jovem bastante religioso e não via necessidade de mudar de religião. Passei por muitas dificuldades, a crise existencial foi grande, tive muitas dúvidas, e isso foi um processo longo e doloroso até eu entender que precisava reconhecer que era um perdido pecador. Deus fez um milagre em minha vida, nunca imaginei que um dia seria pastor.

Acredito que muitos pastores também tiveram momentos difíceis até aceitar o desafio do Senhor e dizer eis-me aqui. Queria com minhas forças e capacidades levantar recursos para poder pagar o curso de teologia. Depois que casei pensei que a idéia absurda de ser pastor iria passar.

Desde a época que entendi que Deus estava me chamando para o ministério até a minha vinda para o seminário passaram-se oito anos.  Em todo esse tempo nunca conseguimos juntar dinheiro, para suprir nossas necessidades, mas mesmo assim decidimos de fato tomar a iniciativa de virmos para o seminário.

Durante muito tempo sentia uma culpa profunda, pois sabia que estava desobedecendo ao chamado do Senhor, e após uma mensagem do pastor Waldemiro Tymchak, chorei bastante e conversei com minha esposa e decidimos a obedecer ao chamado do Deus.

Uma das coisas que aprendi com tudo isso foi depender totalmente de Deus, saber que Deus nos chamou para o ministério, e que a cada dia tem nos capacitado para anunciar o Seu reino, e não existe nada nesse mundo mais gratificante do que fazer a vontade de Deus.

“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”(Romanos 1.16-17).

Pr. Anderson Resende Barbosa

Bacharelando em teologia FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com

IGREJA


A IGREJA

Quando leio Atos dos Apóstolos vejo a beleza e o amor da igreja primitiva, e fico pensando porque as igrejas de hoje estão tão longe da igreja primitiva. Seria porque o mundo está em constante mudança? Ou seria o homem com o seu desejo de ser igual a Deus que tem manchado o nome de cristãos? Desde Adão e Eva houve desobediência, crimes, e demais pecados. Mesmo assim, Deus sempre usou de longaminidade com o homem.

O homem tem cometido muitos erros e um deles são as variedades de igrejas que têm surgido diariamente. Às vezes penso que objetivo dessas igrejas não é de expandir o reino, mas de competir com outras, querendo mostrar que é mais poderosa que a outra e a competição estão acirradas, e nos canais de televisão, é briga de gente grande.

Para muitos as igrejas são vistas como algo que manipula e explora as pessoas, e os que defendem essa idéia não estão totalmente errados não! Pois é isso mesmo que tem acontecido há muito tempo. A igreja deixou de ser a comunhão dos santos, e passou a ser um mercado competitivo e lucrativo que muitos almejam. Da parte do clero, salários altos resultados das “indulgências”, curas vendidas; da parte dos fiéis a troca e a compensação pela presença nos “cultos” e naquilo que dão à igreja.

Para cada tipo de fiel, uma igreja, e a tendência é aumentar, uma vez que mais pessoas estão querendo subir na vida, ser feliz. Vejo que igrejas atuais estão vivendo em guerra e quem está vencendo é o diabo. A palavra de Deus mostra o quanto Jesus sofreu desde o dia em que nasceu até o dia em morreu por causa dos pecadores, e isso não tem sido considerado. O evangelho que Jesus ensinou e pregou e nos comissionou para pregar não é esse evangelho barato e mesquinho que se prega por aí.

Com os apóstolos não foi diferente, eles sofreram muito por amor ao evangelho, passaram fome, sede, doenças, frio, e foram mártires, para que hoje nós pudéssemos ter esse testemunho, a palavra revelada e escrita, para podermos fazer pelos perdidos aquilo que eles fizeram. Os tempos mudaram, as pessoas mudaram, mas o evangelho não mudou, é o mesmo que Jesus e os apóstolos pregaram.

Estamos em constante guerra, e nosso adversário está camuflado nas igrejas, e dizendo que sua igreja é a única e verdadeira porque faz muitos milagres e prodígios, e desta forma enganando a muitos. Ele esteve no jardim do Édem, na familia de Adão quando houve o primeiro homicídio, ferozmente, no meio do povo do antigo testamento, estava no meio dos discípulos de Jesus levando a Judas a entregar o Mestre, no meio da igreja, mentido e enganando a muitos.

A igreja em atos dos apóstolos tinha amor uns com os outros e isso era demonstrado com ações. Tiago diz em sua epístola que assim como o corpo sem o Espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.

Penso que a igreja de Cristo não abandonou esses valores e existe para suprir as necessidades espirituais e físicas dos irmãos, somos o corpo de Cristo e no corpo tem que haver sintonia, harmonia, que vem do comando que é Cristo. Temos que agir contra os problemas sociais, e valorizar, amar, as pessoas marginalizadas, vencidas pelas drogas, humilhadas pela prostituição.

Como igreja de Cristo Jesus, temos de pregar o evangelho e dar oportunidade para que essas pessoas sejam reabilitadas e não tenha de envergonhar, para que possam exaltar e glorificar o nome do Senhor Jesus pela transformação de suas vidas através da mensagem do evangelho. A igreja de Cristo não é denominação, e nem um grupo que se diz cristão, mas são aqueles que amam e obedecem a Deus.

Pr. Anderson Resende Barbosa

Bacharelando em teologia FATEBE/STBE

pr.andersonbarbosa@gmail.com


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LIVRES DO PECADO PARA A SANTIFICAÇÃO.


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A condição do homem sob o domínio do pecado não é nada interessante, embora a maioria das pessoas não consigam entender essa verdade. A bíblia afirma que o ser humano é submisso a alguém, ou é escravo do diabo ou de Deus. Infelizmente, há muitos “crentes” que ainda não entenderam que a vida de um cristão deve ser de submissão total a Deus conforme diz o texto: “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e por fim a vida eterna”. (Rm.6.22).  Encontramos nesse versículo quatro ações de Deus para livrar o homem da escravidão do pecado, que é: Regeneração, Justificação, Santificação e Glorificação.

Uma pessoa eticamente correta, de bons princípios religiosos, de família conservadora e honesta, mas que não foi regenerada, justificada e santificada por Cristo não altera em nada sua situação de escrava do pecado e nem o resultado final da sua recompensa, a morte eterna. Há uma necessidade de libertação e transformação, precisa de um novo nascimento, nova filiação, entender que é necessário morrer para pecado deixando de ser escravo do pecado, e tornar-se servo de Deus.

De acordo com a Bíblia quando o homem é regenerado por Cristo passa ter uma vida restaurada, se torna uma nova criatura, a antiga natureza não tem mais domínio sobre ele. O resultado dessa ação de Deus na vida da pessoa leva-a ter uma busca perseverante por santificação, sem legalismo ou fanatismo fazendo tudo para a glória de Deus; tem vontade imensa de adorar a Deus; passa a ter comunhão com os irmãos; sente fome da palavra de Deus levando-o ao compromisso da leitura da Bíblia e oração e necessidade de ouvir pregações que o ensine cada vez mais sobre a nova vida com Cristo; e consequentemente, profundo interesse em compartilhar o evangelho para que outras pessoas também sejam salvas.

Para que o servo de Deus tenha uma vida santificada ele precisa entender e aceitar que sua vida deve ser de total submissão a Deus, o seu velho dono não tem mais poder sobre sua vida, com a vida justificada e santificada por Cristo, não terá mais o salário do pecado, que é a morte eterna, como resultado de uma vida de submissão ao diabo, mas a promessa da vida eterna que é uma dádiva de Deus para seus verdadeiros servos.

Sendo desafiados a ser padrão de submissão a Cristo, lembrem-se que agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, estar sob o jugo de Jesus garante ao crente vida eterna. Jesus é o seu dono por criação e redenção. A vontade de Deus é que os homens o reconheçam como Senhor para participar da vitória sobre a morte e todas as mazelas desse mundo. E para isso é preciso que haja proclamação do evangelho. Jesus foi exemplo enquanto viveu aqui na terra e deixou a responsabilidade de anunciar o seu evangelho, mostrando ao mundo que ainda há esperança.

O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que nele crer. Vamos viver uma vida livre do pecado para a santificação e, por fim, a vida eterna. Os ensinos de Paulo as novas igrejas cristãs da sua época foi de uma vida cristã baseado nos ensinos de Cristo indicando a forma como os irmãos deveriam seguir; “Integralmente submissos a Cristo”. Não mais dominados pelo pecado sendo escravo do pecado. A graça de Deus alcançada através da salvação torna o homem um novo servo, mas servo de justiça, filho amado de Deus. “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, gloria-se no Senhor”. (1Cor. 1.30-31).

Pr. Anderson Resende Barbosa

pr.andersonbarbosa@gmail.com

membro vice-moderador PIB Brasil Novo-Pa

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